Por José
Ribamar
Sou
filho de um país
Mísero
de patriotismo
Onde
a voz do civilismo
Não
retumba por justiça;
Onde
as tetas da preguiça
Nutre
quem rege o poder...
Devendo
a vida ao dever,
Traindo
a lei do amparo
Onde
o menor, paga caro
Pra
respirar e viver.
Sou
parte de uma pátria
Onde
a voz do patronato
Brada
pelo peculato
Guilhotinando
a razão;
Onde
o justo pelo pão
Todas
as vezes sem vez
Come
o pão que o diabo fez
Sempre
das piores formas
Sufocado
pelas normas
Dos
criadores das leis.
Sou
de onde se endeusa
Com
regalia e destaque
Jogador
que vira craque,
Ladrão
que discursa bem...
Presidente
que não tem
Orgulho
de governar
Que
faz tudo pra reinar
Porque
sabe que enrica
Ao
contrário de Mujica
Que
reinou sem enricar.
Nasci
onde a injustiça
Zomba
da honestidade
Porque
a impunidade
Filha
da demagogia
Perante
a democracia
Reina
com força de sobra
Arquitetando
manobra
Pra
mandar de qualquer jeito
Como
dona do direito
Que
o povo tem, mas não cobra.
Na
pátria mãe do meu ser
A
falta de probidade
Governamental
invade
Os
gabinetes urbanos,
De
onde os maléficos planos
Se
erguem como tornados
Tirando
dos desgraçados
A
dignidade digna
Gerando
a sorte maligna
Dos
sonhos pisoteados.
Nada
é mais absurdo
Que
trair seu próprio povo
Usando
um discurso novo
Recheado
de maldade;
Isso
com facilidade
Acontece
onde eu nasci
Tanto,
tanto que esqueci
Infelizmente
o total
Da
conta descomunal
Dos
votos que já perdi.
Lamento
ver meu Brasil
Nas
mãos de gente corrupta
Na
sujeira ininterrupta
Ser
aos poucos destruído
E
lá fora defendido
Por
quem aceita derrotas
E
troca a gente por notas
Pensando
que a gente é gado,
É
ruim ser representado
Por
falsos compatriotas.
José
Ribamar é poeta popular, natural de Caraúbas-RN, mas radicado em Mossoró-RN
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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