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sábado, 25 de março de 2017

"UM CONTO DE NATAL" É MAIS UMA OBRA PRIMA DA LITERATURA UNIVERSAL ADAPTADA PARA CORDEL

Por Prof. Stélio Torquato Lima
Prof. Stélio Torquato Lima e o filho Davi

"Um Conto de Natal" é mais uma Obra Prima da Literatura Universal adaptada para cordel, publicado pela Cordelaria Flor da Serra. Essa é mais uma adaptação primorosa do poeta Stélio Torquato Lima, com ilustração de Cayman Moreira e compõe a caixa 02 da Coleção Obras Primas em Cordel. O folheto Um Conto de Natal tem 52 páginas e 201 estrofes de sete versos.

Um Conto de Natal, publicado em 1843, é um dos “Livros de Natal” de Dickens, junto com obras como O Grilo da Lareira (1845) e A Batalha da Vida (1846). Escrita em menos de um mês com fim de pagar dívidas, a narrativa teve sucesso imediato, vendendo mais de seis mil cópias em apenas uma semana. 

Já bastante popular, a obra se tornou ainda mais conhecida através do desenho animado criado por Walt Disney, em 1983. A propósito, Ebenezer Scrooge, personagem central da obra original de Dickens, serviu como inspiração para Carl Barks, ilustrador dos estúdios Disney, criar, em 1947, o Tio Patinhas, que, em inglês, tem o nome de Uncle Scrooge. 

Entre as versões da obra para o cinema, destacam-se o filme homônimo de 1999, com Patrick Stewart no papel de Ebenezer Scrooge, e Os Fantasmas de Scrooge, de 2009, dirigido por Robert Zemeckis, com Jim Carrey no papel principal.

O autor, Charles John Huffam Dickens nasceu em 1812, em Portsmouth, Inglaterra, onde também veio a morrer, em 1870. Educado pela mãe, que lhe ensinava diariamente inglês e latim, Dickens passava boa parte de seu tempo lendo obras como Tom Jones (de Henry Fielding), Robinson Crusoé (de Daniel Defoe), Dom Quixote (de Cervantes) e os contos de As Mil e uma Noites. Após a prisão do pai por dívidas, a família se mudou para o bairro popular de Camden Town, em Londres, onde ocupavam quartos baratos. Além disso, Dickens, então com doze anos, passou a trabalhar. 

Depois de algum tempo em um escritório de advocacia, começou a trabalhar como jornalista. Começou a publicar pequenos trabalhos para jornais, até que, em 1836, a publicação de As Aventuras do Sr. Pickwick afirmou seu nome como escritor. Em decorrência do sucesso da obra, publicou um ano depois Oliver Twist, obra em que, pela primeira vez, tratava dos males sociais da era vitoriana e da sociedade industrial. A partir de então, suas obras tornaram-se extremamente populares. Principais Obras: As Aventuras do Sr. Pickwick (1836), Oliver Twist (1837), A Loja de Antiguidades (1840), Um Conto de Natal (1843), David Copperfield (1849), Tempos Difíceis (1854) e Grandes Esperanças (1860).

Agora leia as estrofes inicias do cordel de Stélio Torquato e, para ler a obra completa, faça seu pedido para Cordelaria Flor da Serra pelo E-mail cordelariaflordaserra@gmail.com ou pelo WhatsApp (085) 999569091.


Falta um dia pro Natal,
E, com muita intensidade,
A neve cai sobre Londres,
Embranquecendo a cidade.
Sob a névoa densa e fria,
O campanário sumia
Em sua totalidade.

Os homens que consertavam
Um encanamento quebrado
Precisaram acender
Um lampião ao seu lado.
Foi necessário fazer
Para o corpo se aquecer
No ambiente tão gelado.

Logo um grupo de mendigos
Achegou-se ao lampião.
Totalmente congelados,
Procuravam salvação
Naquela chama azulada
Exposta ali, na calçada,
Na qual tinham habitação.

Chama mais débil ainda
Aquecia o funcionário
Da loja Scrooge & Marley,
Porque o proprietário,
Sendo cruel e sovina,
Não ligava patavina
Pro sofrer do secretário.

Do depósito de carvão,
Só Scrooge a chave tinha.
Dessa forma, o lampião
Do empregado se mantinha
Gerando pouco calor
Pra aquele trabalhador
Dessa alma tão mesquinha.

E se Bob, o funcionário,
Requeresse mais carvão,
Logo o chefe ameaçava
Despedir o cidadão.
Bob, então, resignado,
Aguentava bem calado
A afronta do patrão.

De Scrooge, era uma marca
A terrível sovinice,
A qual era do tamanho
De sua grande rabugice.
Nunca uma esmola ele dava
E nunca os outros saudava,
Pois julgava uma tolice.

Só pensava ele em lucrar,
Sendo um inimigo do ócio.
Assim, quando, há sete anos,
Morreu Marley, o seu sócio,
Scrooge, em vez de chorar,
Foi para a loja fechar
Um lucrativo negócio.

Também não trocou a placa
Do seu empreendimento,
Mantendo o nome de Marley
Após seu falecimento.
Fez por sovinice pura,
Pra não gastar com a pintura.
Poupando, assim, o avarento.

Naquele dia, que era
A véspera de natal
De novo mostrava ele
A avareza habitual
E o gênio impiedoso,
Marca do chefe asqueroso,
Rabugento e tão boçal.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogodmendesemendes.blogspot.com

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