Por Prof. Stélio Torquato Lima
Prof.
Stélio Torquato Lima e o filho Davi
"Um Conto
de Natal" é mais uma Obra Prima da Literatura Universal adaptada para
cordel, publicado pela Cordelaria Flor da Serra. Essa é mais uma adaptação
primorosa do poeta Stélio Torquato Lima, com ilustração de Cayman Moreira e
compõe a caixa 02 da Coleção Obras Primas em Cordel. O folheto Um Conto de
Natal tem 52 páginas e 201 estrofes de sete versos.
Um Conto de Natal, publicado em 1843, é um dos “Livros de Natal” de Dickens, junto com obras como O Grilo da Lareira (1845) e A Batalha da Vida (1846). Escrita em menos de um mês com fim de pagar dívidas, a narrativa teve sucesso imediato, vendendo mais de seis mil cópias em apenas uma semana.
Já bastante popular, a obra se tornou ainda mais conhecida através do desenho animado criado por Walt Disney, em 1983. A propósito, Ebenezer Scrooge, personagem central da obra original de Dickens, serviu como inspiração para Carl Barks, ilustrador dos estúdios Disney, criar, em 1947, o Tio Patinhas, que, em inglês, tem o nome de Uncle Scrooge.
Entre as versões da obra para o cinema, destacam-se o filme homônimo de 1999, com Patrick Stewart no papel de Ebenezer Scrooge, e Os Fantasmas de Scrooge, de 2009, dirigido por Robert Zemeckis, com Jim Carrey no papel principal.
O autor, Charles John Huffam Dickens nasceu em 1812, em Portsmouth, Inglaterra, onde também veio a morrer, em 1870. Educado pela mãe, que lhe ensinava diariamente inglês e latim, Dickens passava boa parte de seu tempo lendo obras como Tom Jones (de Henry Fielding), Robinson Crusoé (de Daniel Defoe), Dom Quixote (de Cervantes) e os contos de As Mil e uma Noites. Após a prisão do pai por dívidas, a família se mudou para o bairro popular de Camden Town, em Londres, onde ocupavam quartos baratos. Além disso, Dickens, então com doze anos, passou a trabalhar.
Depois de algum tempo em um escritório de advocacia, começou a trabalhar como jornalista. Começou a publicar pequenos trabalhos para jornais, até que, em 1836, a publicação de As Aventuras do Sr. Pickwick afirmou seu nome como escritor. Em decorrência do sucesso da obra, publicou um ano depois Oliver Twist, obra em que, pela primeira vez, tratava dos males sociais da era vitoriana e da sociedade industrial. A partir de então, suas obras tornaram-se extremamente populares. Principais Obras: As Aventuras do Sr. Pickwick (1836), Oliver Twist (1837), A Loja de Antiguidades (1840), Um Conto de Natal (1843), David Copperfield (1849), Tempos Difíceis (1854) e Grandes Esperanças (1860).
Agora leia as estrofes inicias do cordel de Stélio Torquato e, para ler a obra completa, faça seu pedido para Cordelaria Flor da Serra pelo E-mail cordelariaflordaserra@gmail.com ou pelo WhatsApp (085) 999569091.
Falta
um dia pro Natal,
E,
com muita intensidade,
A
neve cai sobre Londres,
Embranquecendo
a cidade.
Sob
a névoa densa e fria,
O
campanário sumia
Em
sua totalidade.
Os
homens que consertavam
Um
encanamento quebrado
Precisaram
acender
Um
lampião ao seu lado.
Foi
necessário fazer
Para
o corpo se aquecer
No
ambiente tão gelado.
Logo
um grupo de mendigos
Achegou-se
ao lampião.
Totalmente
congelados,
Procuravam
salvação
Naquela
chama azulada
Exposta
ali, na calçada,
Na
qual tinham habitação.
Chama
mais débil ainda
Aquecia
o funcionário
Da
loja Scrooge & Marley,
Porque
o proprietário,
Sendo
cruel e sovina,
Não
ligava patavina
Pro
sofrer do secretário.
Do
depósito de carvão,
Só
Scrooge a chave tinha.
Dessa
forma, o lampião
Do
empregado se mantinha
Gerando
pouco calor
Pra
aquele trabalhador
Dessa
alma tão mesquinha.
E
se Bob, o funcionário,
Requeresse
mais carvão,
Logo
o chefe ameaçava
Despedir
o cidadão.
Bob,
então, resignado,
Aguentava
bem calado
A
afronta do patrão.
De
Scrooge, era uma marca
A
terrível sovinice,
A
qual era do tamanho
De
sua grande rabugice.
Nunca
uma esmola ele dava
E
nunca os outros saudava,
Pois
julgava uma tolice.
Só
pensava ele em lucrar,
Sendo
um inimigo do ócio.
Assim,
quando, há sete anos,
Morreu
Marley, o seu sócio,
Scrooge,
em vez de chorar,
Foi
para a loja fechar
Um
lucrativo negócio.
Também
não trocou a placa
Do
seu empreendimento,
Mantendo
o nome de Marley
Após
seu falecimento.
Fez
por sovinice pura,
Pra
não gastar com a pintura.
Poupando,
assim, o avarento.
Naquele
dia, que era
A
véspera de natal
De
novo mostrava ele
A
avareza habitual
E
o gênio impiedoso,
Marca
do chefe asqueroso,
Rabugento
e tão boçal.
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogodmendesemendes.blogspot.com
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