Por Geziel Moura
O cangaceiro
Virgínio Fortunato da Silva, vulgo Moderno, configurou-se o único chefe de
subgrupo, proveniente da família do capitão Virgolino, pois ele se casou em
1926, com a irmã mais velha daquele, Angélica Ferreira.Os biógrafos de Virgínio
apontam que o casamento dele com a irmã de Lampião, não demorou muito tempo,
pois a esposa veio a falecer, tornando-o viúvo, porém nunca se afastou do Clã
dos Ferreiras.
A literatura aponta
que Moderno, nasceu no Estado do Rio Grande do Norte, e seu contato com a
família de Lampião, ocorreu em Juazeiro (CE), local em que os irmãos e irmãs do
Rei do Cangaço, viviam sob a proteção do Padre Cícero Romão Batista, o que pode
responder ao fato de Lampião, não ter operado muito naquela região, e o
respeito e consideração que ele tinha com o sacerdote do Juazeiro.
A entrada de
Moderno no cangaço, ocorreu juntamente, com o irmão mais moço de Virgolino,
Ezequiel Ferreira, o Ponto Fino. Entretanto, a dupla de recrutas do cangaço, não
seguiram diretamente para o grupo de Lampião, pois este, não aceitava que eles
adentrasse a vida do crime. Assim, a estreia de ambos, foram no grupo do
Cangaceiro Manuel Marcelino (Bom de Veras), que atuava com seus irmãos, João
Marcelino (João Vinte e Dois) e Lua Branca no Cariri Cearense. Após a morte de
Bom de Veras é que Lampião resolveu buscar os dois e a partir daí passaram a
compor o seu bando de cangaceiros.
Moderno esteve
em diversos combates, dentre eles, na invasão ao município de Piranhas (AL)
juntamente com o grupo de Corisco e Gato e que culminou na morte deste, estava
presente, ainda na tentativa de invasão à Mossoró e foi um dos poucos a seguir
com Lampião, para a Bahia em 1928.
Após a morte
de Ezequiel Ponto Fino, em 1931, o chefe cangaceiro se aproximou mais ainda do
cunhado, que desde 1929, era chefe de subgrupo. Nessa direção, o escritor e
pesquisador Alcino Alves da Costa nos conta que Virgínio não tinha área
específica de atuação, sempre orbitava próximo a Lampião, mas fazia grandes
caminhadas com seus cabras, nos sertões de Pernambuco e Alagoas.
A partir de
1931 quando a entrada de mulheres no bando, foi franqueada por Lampião,
Virgínio trouxe para sua companhia a baiana Durvalina, que ficou conhecida como
Durvinha, esta união durou até a morte dele em outubro de 1936, pela volante
pernambucana do cabo Pedro Alves, na Fazenda Enjeitado, região de Ibimirim
(PE).
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