Por Jerdivan Nóbrega de Araújo
Antes era
Praça Rio Branco, depois Praça Dr. José Ferreira Queiroga, e hoje é Praça do
Centenário, rebatizada na administração do prefeito Dr Azuil Arruda, em 1962,
em alusão aos cem anos de emancipação política da cidade de Pombal, que
comemorava-se naquele ano.
A Praça do Centenário teve seu o Coreto construído na Administração do prefeito
Sá Cavalcante, que iniciou a construção em 1938, concluindo-o em 1940.
Completa o conjunto a Praça Getúlio Vargas, que vai da Coluna da Hora até o a
Igreja Matriz, que também foi obra do Prefeito Sá Cavalcante, na mesma
época.
Todo o conjunto faz parte do marco “Zero” do perímetro tombado como Patrimônio
Histórico e Cultural de Pombal, o que aconteceu em de 04 de outubro de 2001.
Os Jovens apaixonados seguiam o passeio de mãos dadas, enquanto que mais atrás
vinham sempre as suas zelosas mães.
Um sorvete comprado na sorveteria de Bernardo Bandeira ou a música oferecia pelas difusoras do Lord Amplificador, instado no alto da Coluna da Hora, também faziam parte do ritual.
Durante os dias quentes os fícus Benjamim, que na década de 1970 foram
substituídos por algarobas, sediam a boa sombra aos jovens que proseavam,
jogando “dama”, “ludo” ou “dominó”, contando as lorotas vindas do lado da
capital ou de Campina Grande.
Mesmo tombado, o centro histórico de Pombal não para de ser agredido, a exemplo
do estorvo que foram erguidos no anel externo da Praça do Centenário. Uma agressão
ao visual da mais bela praça entre todas as existentes em cidades do interior
da Paraíba. Tratam-se de caixotes de alvenarias no meio do passeio público, os
quais vieram quebrar a beleza arquitetônica do centro da cidade, transformando
o local em uma praça de alimentação, feia, suja e ilegal: uma cicatriz no rosto
de uma bela dama.
É esse o centro Histórico de Pombal: com suas duas belas praças, o Coreto, a
Coluna da Hora e a velha Matriz. Um local de muitas histórias que ficaram
impregnadas na memória dos que por ali transitaram, conheceram as suas
namoradas e enamorados, e que mais tarde se transformaram em marido e mulher,
seja pelas mãos do delgado ou seja pela benção de Padre Oriel.
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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