Por G1 RN
Ela lutava contra um câncer há dois anos. O velório acontece na Catedral Metropolitana de Natal a partir das 9h.
A ex-governadora
do Rio Grande do Norte Wilma de Faria morreu aos 72 anos, em Natal na noite
desta quinta (15). Wilma de Faria cumpria mandato de vereadora da capital
potiguar na atual legislatura, mas estava afastada das funções desde o dia 18
de abril para tratamento de um câncer.
Wilma vinha
convivendo com câncer no sistema digestivo há mais de dois anos, quando passou
por tratamentos quimioterápicos e algumas cirurgias em São Paulo e Natal.
Estava desde o dia 3 de junho na Casa de Saúde São Lucas, onde permaneceu até
agora quando veio a óbito por falência múltipla de órgãos.
O velório
acontece a partir das 9h na Catedral Metropolitana de Natal. O sepultamento
será no Morada da Paz, em Emaus, às 20h.
Trajetória
política
Wilma de Faria
era professora e começou a carreira na política em 1986 quando foi eleita
deputada federal. Em 1988, foi eleita prefeita de Natal. Voltou a ser eleita prefeita
da capital em 1996 e reeleita em 2000.
Em abril de
2002, Wilma renunciou à prefeitura para disputar o governo do Estado e foi
eleita, se tornando a primeira mulher a comandar o governo do Rio Grande do
Norte. Ela foi reeleita governadora em 2006.
Wilma ainda se
candidatou ao senado em 2010, mas não venceu. Em 2012 saiu candidata a
vice-prefeita na chapa de Carlos Eduardo. A chapa foi eleita e ela cumpriu o
mandato.
Em 2014,
voltou a tentar uma vaga no senado, mas foi derrotada por Fátima Bezerra. Em
2016, ela deixou o PSB, assumiu a presidência do PTdoB e se candidatou a
vereadora de Natal.
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Wilma Maria de
Faria (Mossoró, 17
de fevereiro de 1945 — Natal, 15 de
junho de 2017)
foi uma professora e política brasileira.
Foi a primeira mulher a governar o estado do Rio Grande do Norte e era vereadora
em Natalaté a data de sua morte. Foi filiada
ao Partido Socialista Brasileiro (PSB)
durante mais de 20 anos, estando filiada ao Partido Trabalhista do Brasil (PTdoB)
no último ano de sua vida.
Mestre em
Educação pela Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, onde foi professora (licenciou-se para exercer o cargo de
Governadora) do Departamento de Educação do Centro de Ciências Sociais e
Aplicadas.
Sendo filha de
Morton Mariz de Faria, Wilma é neta de Paulina Engrácia de Medeiros Mariz que
era a irmã mais velha do ex-governador Dinarte
de Medeiros Mariz. É prima legítima do Ministro do Superior Tribunal de Justiça Gurgel de Faria.
Carreira
política[editar | editar código-fonte]
Primeira-dama
do RN[editar | editar código-fonte]
Wilma de Faria
iniciou sua vida pública em 1979 ao se tornar primeira-dama do Rio Grande do Norte, sendo nomeada para a
presidência do MEIOS – Movimento de Integração e Orientação Social - pelo
Governador do Estado, à época, seu marido, Lavoisier Maia. Enquanto esteve casada,
atendia pelo nome de Wilma Maia.
Deputada
federal[editar | editar código-fonte]
Em 1983, Wilma de Faria
assume a Secretaria de Trabalho e Bem-Estar Social durante o primeiro governo
de José Agripino Maia, cargo do qual se
desvencilhou em 1985 quando,
filiada ao PDS, disputa a sua primeira eleição e
perde a prefeitura de Natal para o então deputado
estadual Garibaldi Alves Filho. Em 1986 é eleita
deputada federal a atua na Assembléia Constituinte. Seus votos em
temas relacionados a direitos sociais e dos trabalhadores fizeram-na figurar
entre os deputados nota 10, distinção concedida pelo Departamento
Intersindical de Assuntos Parlamentares (DIAP).
Prefeita de
Natal[editar | editar código-fonte]
Em 1988, Wilma já estava
filiada ao PDT e vence a eleição para
a prefeitura de Natal cumprindo um mandato de
quatro anos ao final do qual, com a sua popularidade em alta, consegue eleger
Aldo Tinoco como seu sucessor em 1992 quando já
estava separada de Lavoisier Maia, fato esse que culminou no seu ingresso
ao PSB. Em 1994, disputa a
eleição para governador e fica em quarto lugar. Em 1996, já rompida
politicamente com Tinoco, volta a disputar a Prefeitura de Natal com o apoio de José Agripino Maia e vence novamente.
Governadora do
RN[editar | editar código-fonte]
Em 1999, rompe
politicamente com José Agripino Maia e em 2000 recebe o
apoio do então governador Garibaldi Alves Filho na sua reeleição
para a Prefeitura de Natal. Em abril de 2002, renuncia à
prefeitura para disputar o governo do estado, sendo eleita com 820.541 votos,
correspondentes a 61,05% dos votos válidos.
Em 2006,
candidata-se à reeleição para governadora, junto com o parceiro de chapa, Iberê Ferreira de Sousa. Numa disputa
histórica com Garibaldi Alves, venceu no segundo turno com
824.101 votos, correspondentes 52,38% dos votos válidos.
Em 2008
através da Operação Hígia da Polícia Federal viu seu filho, Lauro Maia
Neto, ser preso junto com outros integrantes do governo suspeitos de desviar R$
36 milhões.[1][2]
Candidatura ao
senado em 2010[editar | editar código-fonte]
Ao fim de
março de 2010,
Wilma de Faria decidiu renunciar ao governo do Rio Grande do Norte e deixá-lo a cargo de
seu vice, Iberê Ferreira, para que pudesse se candidatar
a senadora nas eleições gerais de 3 de
outubro do mesmo ano. Em 31 de
março de 2010,
Wilma renunciou oficialmente ao governo do Estado.[3]
Foi a 3ª
colocada nas eleições em 2010 para senadora com 651.358 votos (21,89%
dos válidos), tendo sido derrotada pelo peemedebista Garibaldi Alves Filho – o 1° colocado,
reeleito com 1.042.272 votos (35,03% dos válidos) – e pelo democrata José
Agripino – o 2° colocado, reeleito com 958.891 votos (32,23% dos
válidos).
Vice-prefeita
de Natal[editar | editar código-fonte]
Na eleição municipal de Natal em 2012,
Wilma de Faria era apontada como uma das principais candidatas a prefeita
de Natal, pelo PSB. Em maio daquele ano, no entanto,
desistiu de se candidatar à prefeitura para que seu partido apoiasse a
candidatura de Carlos Eduardo Alves, do PDT.[4] Em
junho, o apoio foi concretizado com a confirmação de que Wilma sairia como
candidata a vice-prefeita na chapa de Carlos Eduardo.[5] Na
eleição de 7 de outubro, Carlos Eduardo foi para o segundo turno contra Hermano
Moraes, do PMDB, vindo a se eleger
prefeito de Natal no segundo turno, em 28 de outubro. Dessa forma, Wilma foi
eleita vice-prefeita da cidade.[6]
Candidatura ao
senado em 2014[editar | editar código-fonte]
Em 2014 tentou
uma vaga para o senado com o apoio das oligarquias Alves, Rosado e Maia, que
também apoiavam o candidato derrotado ao governo do Estado, Henrique Eduardo Alves. Não sendo eleita,
ficou em segundo lugar com 636.896 (43.23%) dos votos, perdendo para a então
deputada federal do PT, Fátima
Bezerra que obteve 808.055 (54.84%) dos votos.
Vereadora de
Natal[editar | editar código-fonte]
Em 2016, a
ex-governadora deixou o PSB após perder a presidência estadual para o deputado
federal Rafael Motta, decidindo então se filiar ao PTdoB,
legenda que era presidida pelo deputado estadual Carlos Augusto Maia,
recém-filiado ao PSD. Assim, o comando da legenda passou a ser dela.
Candidatou-se a vereadora em Natal e foi eleita com 4 421 votos na chapa
PTdoB/PSDB que era encabeçada pela candidata a prefeita, sua filha Márcia
Maia.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wilma_de_Faria
http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/ex-governadora-do-rn-wilma-de-faria-morre-em-natal.ghtml
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