Por Marciano Medeiros
Percebo nesse retrato
Um rosto sentimental
De um poeta que deixou
Seu trabalho atemporal
Plantado nos corações
Desse Brasil desigual.
Eu conheci Chico Salles
Homem firme e solidário
Na capital do Brasil
Num momento legendário
Ele comprou meu cordel
Que falava em Valdetário.
Agora deixou a vida
De forma silenciosa
Seu corpo não resistiu
A doença tenebrosa
Mas a alma foi liberta
Na pátria maravilhosa.
Nosso mundo cordelista
Passou reformulação
Perdemos imensa estrela
Da nossa constelação
Que foi rimar para os vates
Numa outra dimensão.
Nossa grande Academia
Brasileira de Cordel
Desfalcou-se num guerreiro
Constante e muito fiel
Perdemos um valoroso
Companheiro e menestrel.
Mas o seu trabalho fica
Prossegue reconhecido
Viveu para alcançar brilho
Seu destaque é merecido
E que Deus conforte a todos
Aqui deixo o meu pedido.
Rnviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzagueano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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