Autor José Di Rosa Maria
No ano bom de inverno
Canta alegre o azulão,
Botando suavidade
Na toada da canção,
Pra não doer nos buracos
Dos ouvidos do sertão.
***
A chuva banha a campina,
Junta água no barreiro,
O campo recebe flores
Cada flor espalha cheiro;
Chega entra na costura
Da perneira do vaqueiro.
***
Depois que a chuva cai
Toda água a terra drena,
O pincel da natureza
Trabalha de fazer pena,
Mudando a roupa da terra,
Botando um verde siena.
***
De madrugada o carão
Molhado pela garoa,
Pra Deus canta uma canção
Numa voz tão linda e boa,
Que rouba a cena da festa
Das marrecas na lagoa.
***
Por graça da natureza
O coqueiro aumenta o cacho,
A enchente passa a língua
Na barriga do riacho,
Chega o riacho se estica
Parecendo “um Cabra” macho.
**
O poder das mãos de Deus
Enche o sertão de beleza,
Uma rã pega carona
Descendo na correnteza,
Escanchada num garrancho
Dando adeus a redondeza.
***
Uma nuvem carregada
Pelo vento, dividida...
Dar um banho na floresta
Com água não poluída,
Deixando a vida das plantas
Com qualidade de vida.
***
Dos riachos do sertão
O rio pega uma enchente,
E desce em busca do mar
Galopando alegremente,
Orgulhoso pelo brilho
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