Por Francisco Carlos Jorge de Oliveira
Meu amigo Mendes, a música é tudo em nossas vidas, pois ela toca em nossa alma leve como uma pluma ou ás vezes forte como um vendaval, é doce como mel, mas também amarga como fel, a música nos faz rir e também chorar. Ela em sua essência natural invade nossos corações dando a ele uma certeza, uma dúvida ou uma esperança incerta, mas na realidade além da tristeza a música nós traz alegrias e lembranças. Meu caro Professor Mendes, a música é remédio que cura a dor e o tédio, mas também é um doce veneno que suave como o sereno nos mata sem perceber, enfim a música é como o cedro que perfuma o fio do machado que o exterminou. Ah! Meu amigo, ouvindo a voz deste autêntico cantor e compositor Lupicínio Rodrigues, a gente sente o céu descer sobre nós, desta forma eu imagino os deleites do povo de Mossoró que outrora teve o privilégio de ter em meio a sua sociedade, um seresteiro do calibre do saudoso "Cocota".
Mestre Mendes, às vezes nós não conseguimos compreender como tais fenômenos tão maus acontecem com pessoas boas e amáveis que só nos proporciona alegrias e felicidades. Eu como pintor, escritor e poeta só consigo entender de uma forma. Deus em sua imensa sabedoria poder e bondade, gostou mais do Cocota do que nós e assim o arrebatou para o céu para ficar junto de si, daí ele pode deleitar-se ao dormir embalado com o timbre de sua suave voz, e no outro dia despertar com a doce melodia de suas músicas, e também apreciar nas frias noites celestiais, as mais belas serenatas ao som do seu encantado instrumento musical.
E! Querido Professor, só nos resta a lamentar esta triste perda de outrora. Mas quem sabe um dia em uma morna madrugada de abril, Deus permita que ele volte só por um instante e nos blinde novamente com sua voz, só por um momento em uma esquina qualquer numa certa rua de Mossoró.
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