Por Sálvio Siqueira
A história da saga cangaceira foi deixada no tempo, cravada nas pilastras da historiografia, em “retalhos vividos” por uma população valente, forte e determinada apesar de sofredores, principalmente, pelas intempéries dos fenômenos naturais da região.
Para entender a historiografia de um povo que vivenciou a dor, o sofrimento, a amargura, a revolta e a ilusão de uma vida livre, se faz necessário ‘percorrer’ os caminhos tortuosos por onde ele passou buscando, estudando e analisando os ‘espinhos’, as ‘curvas’ e os ‘empecilhos’ existentes nessas ‘veredas’.
O cangaço imposto pelo ‘rei dos cangaceiros’, Virgolino Ferreira, o chefe cangaceiro Lampião, foi, e está sendo, bastante explorado, pesquisado e escrito por diversos pesquisadores, escritores, estudantes e curiosos do tema, sem falar do quando se usa no turismo e comércio de modo em geral de Norte a Sul do país. Apesar de ter sido um Fenômeno Social repleto de dores, lágrimas, sangue, vingança e mortes, é um episódio que nos fascina, nos conquista e nos deixa apaixonados por seu conteúdo.
O pesquisador
e escritor sergipano do tema,
, vendo a necessidade de trazer a seu público esses ‘retalhos históricos’, assim como outros pesquisadores e escritores de outras regiões, cidades e Estados, resolveu colocar, transferir e referir alguns fatos ocorridos no decorrer da ‘estada’ de Lampião, e seus cangaceiros, no Estado e Sergipe. Tivemos o privilégio de alguns de nossos textos, artigos, fazerem parte dessa obra dividida em 6 volumes.
Além do conteúdo histórico levantado pelo autor, o mesmo procurou colocar em suas páginas alguns artigos, matérias e notificações de outros pesquisadores e estudiosos, tentando assim, fazer com torne-se mais fácil o leitor, o estudante entender melhor o que realmente foi um fenômeno social criado, gerido, dentre de outro Fenômeno Social.
“...Criança (o cangaceiro) percebendo que irá perder sua amada ( a cangaceira Adelaide) fica louco. Grita, chora, fala, urra palavrões na tentativa de amenizar a angústia que lhe invade...(...) Seu “compadre”, Mané Moreno, vendo que o amigo estava em estado complexo, sem noção do que fazia, tenta evitar uma catástrofe maior, retirando o ferrolho do mosquetão do amigo, assim como retira também, o carregador da sua pistola(...) Sua amada dá seu último suspiro. Sem despedir-se do seu companheiro, parte para o outro ‘lado’ , onde, talvez, seu filho a esperasse(...). Naquela vida não havia tempo pra isso... Guardar dores e sentimentos por alguém que tenha morrido.”( Lampião e o Cangaço na historiografia de Sergipe”, Marques, Archimedes. 1ª edição, Volume 2, pgs 63 a 64. Aracaju, 2018.
Se você quer saber mais sobre a cangaceira Adelaide e outras personagens, adquira os livros referidos. Abraço.
E-mail do autor: archimedes-marques@bol.com.br
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