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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

DESCONFIANÇA

Por: Clerisvaldo B. Chagas, Crônica Nº 884

DESCONFIANÇA

Entre as coisas sérias do mundo, para o brasileiro, está a seleção de futebol. Entretanto, continuamos descontentes, desconfiados, incrédulos. Ninguém apostou no Brasil. Aposta sim, em relação a uma goleada no Iraque ou em outro país mais fraco do que ele. É desconhecido o sistema do técnico Mano Menezes ou da CBF de somente jogar com frango abatido. Tanto tempo treinando a seleção, Mano não define o passo do baile e continua “filotando”. A torcida irritada sem a definição que aguardava, não espera muito disso que está aí. Não falamos da qualidade dos jogadores, pois o que é de melhor, está às mãos do treinador. Fora a Argentina, fica esse círculo vicioso de jogos com equipes sem expressão que apenas ganha tempo para o técnico. Dois anos de experiência! Parece até pesquisa de laboratório que sempre passa dos dez. Nada definido. Inúmeros torcedores não se interessam mais em saber dia e hora dos jogos da seleção. É o nosso orgulho brasileiro fugindo pela janela, sem crédito, sem nenhuma garantia do que se vê. Os 6 x 0 sobre o Iraque nada representa. Um jogo amistoso, um treino fora de casa que não devolve a confiança.

Kaká e Oscar. Foto: (AFP).

A seriedade falada acima representa a alma do povo brasileiro, daí ser motivo de mais esse trabalho. Todos dão opinião sobre nomes e posições de jogadores, mas tudo indica que o problema da seleção não é esse. Se os melhores estão ali, o que fazer com eles? É essa a grande pergunta da atualidade. “Quem apanha de bêbedo, apanha de um bêbedo; quem bate em bêbedo bateu em um bêbedo”, duas coisas sem méritos nenhum. 6 x 0 no Iraque não dá nem para suspirar. E a Copa das Confederações se aproxima, enquanto nós vamos marretando os fraquinhos. Não bastasse isso, a Rede Globo ainda contribui com o falatório enjoado de Galvão Bueno que não deixa ninguém assistir o jogo. O homem parece que “bebeu água de chocalho”, como afirmamos no Sertão. Quer ser mais estrela de que os jogadores. Ainda bem que temos a competência ímpar do comentarista de arbitragem, Arnaldo, muitas vezes ironizado pelo primeiro.

Quantos amistosos ainda teremos que fazer? Brasil, 6 x 0, riso amarelado do torcedor, tudo com antes. Japão vem aí. Continua a DESCONFIANÇA.

Autobiografia do autor:

Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei. 

Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º  teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão(encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.

Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).

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