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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Lampião e Maria Bonita, Luneta do Tempo trata de amor e cangaço


Lampião e Maria Bonita: ressuscitados pela luneta do tempo

O Luneta do Tempo, filme escrito e dirigido por Alceu Valença, está pronto para estrear na tela grande. O longa que começou a ser filmado em 2009, concorre ao Kikito do Festival de Cinema de Gramado. Com Irandhir Santos e Hermila Guedes nos papeis de Lampião e Maria Bonita, Luneta do Tempo trata de  amor e cangaço, mergulhando no universos de aboiadores, emboladores, violeiros, grupos de forró e cavalo marinho, poesia e circo. A saga revisita estas influências e as destrincha em versos e imagens. Mergulha no inconsciente dos cantadores anônimos, dos cegos arautos de feira, no universo da literatura de Cordel e expõe sua herança cultural, política e poética.

Divulgação

A história de Severo Brilhante (Evair Bahia), o temido braço direito do bando de Lampião (Irandhir Santos) e Maria Bonita (Hermila Guedes), vive em permanente confronto com as volantes comandadas por Antero Tenente pelas caatingas do Nordeste. A mulher do tenente, a fogosa Dona Dodô (Ana Claudia Wanguestel) mantém um relacionamento extraconjugal com o circense argelino Nagib Mazola (Ceceu Valença) enquanto o marido se ocupa em perseguir os cangaceiros nas imediações de São Bento. Depois de uma batalha sangrenta, Nair (Khrystall), a mulher de Severo Brilhante, decide abandonar o cangaço e seguir junto com o circo. Nagib Mazola logo conquista a cangaceira e desta união nasce um menino.  Ao mesmo tempo em que Nair dá à luz, nasce também o bebê de Dona Dodô.  Embora este venha a ser criado como filho de Antero, São Bento inteira sabe que o verdadeiro pai da criança é o sedutor Mazola.  Trinta anos se passam até que os jovens Antero (Charles Theony) e Severo (Ari de Arimateia) se encontrem na cidade.  Enquanto Antero torna-se um policial tão implacável quanto seu suposto pai, o sanfoneiro Severo sonha tornar-se o novo Luiz Gonzaga. O conflito é acompanhado pelo desocupado Mateus Encrenqueiro (Helder Vasconcelos) e pelo poeta Severino Castilho (Tito Lívio). Contestador, iconoclasta e boêmio, Severino escreve um cordel sobre o improvável encontro de Maria Bonita e Lampião no paraíso, ao mesmo tempo em que ataca a igreja e propõe soluções para o povo do Nordeste.

Após o regresso do Circo liderado pelo velho Mazola (Roberto Lessa), o confronto entre os irmãos se estabelece em pleno picadeiro. Um duelo repleto de magia e música, humor e tragédia, verdades e lendas, capitaneado pelo palhaço Véio Quiabo, interpretado por Alceu Valença. Espectadores e atores não sabem ao certo se sangue, teatro e cangaço são reais ou imaginários. Nos versos do cordel, Lampião avisa: “Pela luneta do tempo, eu serei ressuscitado”. Em algum lugar do paraíso, Virgulino e Maria Bonita celebram a vida.

Confira filmes da mostra

LONGAS BRASILEIROS
A Despedida, de Marcelo Galvão (SP)
A Estrada 47, de Vicente Ferraz (RJ)
A Luneta do Tempo, de Alceu Valença (RJ)
Esse Viver Ninguém Me Tira, de Caco Ciocler (DF)
Infância, de Domingos Oliveira (RJ)
O Segredo dos Diamantes, de Helvécio Ratton (MG)
Os Senhores da Guerra, de Tabajara Ruas (RS)
Sinfonia da Necrópole, de Juliana Rojas (SP)

Fonte: Jornal Tribuna do Norte RN.
Enviado pelo pesquisador do cangaço Antonio Ferreira da Silva Neto

(Neto) Natal-RN

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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