Por Wescley Dutra
Nobres amigos
e amigas “vaqueiros(as) da história”,
Saudações
cangaceiras.
É com grande
alegria que encaminho em anexo o convite para participarem do II Seminário
Regional Parahyba Cangaço e Cariri Cangaço Paraíba.
Certo da
presença de todos(as).
Atenciosamente,
Prof. Me
Wescley Rodrigues
Agosto se
aproxima e junto com ele teremos o II Seminário Regional Parahyba Cangaço e
Cariri Cangaço Paraíba. Esse é um ano festivo, pois comemoraremos 90 anos do ataque
a cidade de Sousa pelo bando de Lampião, capitaneado pelos cangaceiros Chico Pereira,
Antônio Ferreira e Livino Ferreira, no fatídico amanhecer do dia 27 de julho de
1924. De 22 a 24 de agosto as cidades de Sousa, Nazarezinho e Lastro abrem os braços
para acolher todos os pesquisadores, estudantes e “vaqueiros da história” interessados
em conhecer um pouco da história do cangaço no alto sertão paraibano.
Momentos como
esse são de grande valor por possibilitar a abertura de novos rumos no entendimento
do movimento do cangaço e da história social e cultural do Nordeste brasileiro,
levando-nos a quebrar paradigmas já cristalizados que focam a história do cangaço
apenas nas figuras do “estado maior”: Lampião, Corisco, Zé Sereno, Maria Bonita,
Sila, Dadá...
É necessário
uma “nova leva” que promova uma reflexão sobre outros agentes que foram lapidares
na constituição histórica do cangaço. Torna-se latente o resgate desses sujeitos
para os anais, pois eles também foram importantes na teia formadora do cangaço.
Abrimos assim espaço para um cangaceiro pouco conhecido, Chico Pereira, mas de
grande relevância para entendermos como se dava as relações de poder, a
política, justiça, criminalidade e cangaceirismo no sertão paraibano.
Chico Pereira
foi um dos mais importantes cangaceiros do sertão da Paraíba, sendo responsável
por maquinar o ataque a cidade de Sousa, tido como um dos maiores ataques cangaceiros
no estado durante a década de 1920, para vingar a morte do seu pai, João
Pereira,
2 que fora
assassinado brutalmente, não tendo sido justiçado pela justiça oficial, que
relegou o caso a um segundo plano.
A “cidade dos
dinossauros” juntamente com Nazarezinho e o Lastro irmanam-se para comemorar
essa data festiva, lembrando ser a história um espaço de memória e rememoração,
significação e resignificações. Não temos assim pretensão de exaltar o
banditismo, mas entendê-lo dentro de um contexto social de uma época marcada
pelo descaso, falta de políticas públicas e justiça promotora da dignidade
humana.
Esse também é
um momento propício para lutarmos pela criação do Museu do Cangaço na casa
grande do sítio Jacu, que pertenceu a Chico Pereira e hoje encontra-se em ruínas.
Essa luta é de grande importância não só para as cidades do sertão paraibano,
mas para a história nacional, haja vista Chico Pereira não mais pertencer apenas
a história da cidade de Sousa e Nazarezinho, mas ser uma figura da história
nacional.
Reforçamos
assim o convite, nobres amigos e amigas, vaqueiros e vaqueiras da história. Em
breve divulgaremos a programação oficial.
Saudações
cangaceiras,
Prof. Me.
Wescley Rodrigues
Enviado pelo autor Wescley Rodrigues
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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