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sexta-feira, 15 de maio de 2015

LAMPIÃO DIANTE DAS SUAS DESCULPAS


"Sou amigo de Virgulino Ferreira da Silva e muito mais amigo do  capitão Lampião, mas estas são desculpas esfarrapadas do velho cangaceiro"
José Mendes Pereira

“- Tenho cometido violências e depredações vingando-me dos que me perseguem e em represália aos inimigos. Costumo, porém, respeitar às famílias, por mais humildes que sejam, e quando sucede algum do meu grupo desrespeitar uma mulher, castigo severamente”.
  
“- Não vivo a vida do cangaço por maldade minha. É pela maldade dos outros. Dos homens que não têm a coragem de lutar corpo a corpo como eu e vão matando a gente na sombra, nas tocaias covardes. Tenho que vingar a morte dos meus pais. Era menino quando os mataram. Bebi o sangue que jorrava da pele de minha mãe, e beijando-lhe a boca fria e morta, jurei vingá-la...  É por isso, que de rifle de costas, cruzando as estradas do sertão, deixo um rastro sangrento à procura dos assassinos de meus pais. (...)  É por isso que eu sou cangaceiro. Não sei quando hei de deixar os horrores desta vida, onde o maior encanto, a maior beleza seria extinguir a maldade daqueles que roubaram à vida de minha mãe e de meu pai e de minhas irmãs”.

A mãe de Lampião não foi assassinada, e quando os seus pais morreram em 1920, Lampião já estava com 22 anos, e não era mais criança.

Este material está na entrevista que Lampião cedeu ao médico de Crato em 1926.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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