"Sou amigo de Virgulino Ferreira da Silva e muito mais amigo do capitão Lampião, mas estas são desculpas esfarrapadas do velho cangaceiro"
José Mendes Pereira
“- Tenho cometido violências e
depredações vingando-me dos que me perseguem e em represália aos inimigos.
Costumo, porém, respeitar às famílias, por mais humildes que sejam, e quando
sucede algum do meu grupo desrespeitar uma mulher, castigo severamente”.
“- Não vivo a vida do cangaço por maldade minha. É
pela maldade dos outros. Dos homens que não têm a coragem de lutar corpo a
corpo como eu e vão matando a gente na sombra, nas tocaias covardes. Tenho que
vingar a morte dos meus pais. Era menino quando os mataram. Bebi o sangue que
jorrava da pele de minha mãe, e beijando-lhe a boca fria e morta, jurei
vingá-la... É por isso, que de rifle de
costas, cruzando as estradas do sertão, deixo um rastro sangrento à procura dos
assassinos de meus pais. (...) É por
isso que eu sou cangaceiro. Não sei quando hei de deixar os horrores desta
vida, onde o maior encanto, a maior beleza seria extinguir a maldade daqueles
que roubaram à vida de minha mãe e de meu pai e de minhas irmãs”.
A mãe de Lampião não foi assassinada, e quando os seus pais morreram em 1920, Lampião já estava com 22 anos, e não era mais criança.
Este material está na entrevista que Lampião cedeu ao médico de Crato em 1926.
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