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segunda-feira, 25 de maio de 2015

Revista Manchete de 29-04-1972

Por Angélica Bulhões






Enviado por e-mail pela neta de Sílvio Bulhões e bisneta dos cangaceiros Corisco e Dadá Angélica Bulhões


Corisco era o apelido do cangaceiro Cristino Gomes da Silva Cleto (10 de agosto de 1907Água Branca - Alagoas25 de maio de 1940Jeremoabo - Bahia). Foi casado com Sérgia Ribeiro da Silvaalcunha de "Dadá". Corisco era também conhecido como Diabo Louro.

Biografia

Em 1924, Corisco foi convocado pelo Exército Brasileiro para cumprir o serviço militar. Em uma briga de rua Corisco matou um homem, no ano de 1926, e tomou a decisão de aliar-se ao bando do cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, apelidado Lampião. Corisco era conhecido por sua beleza, seu porte físico atlético e cabelos longos deixavam-o com uma aparência agradável, além da força física muito grande, por estes motivos foi apelidado de Diabo Louro quando entrou no bando de Lampião.

Corisco sequestrou Sérgia Ribeiro da Silva, a Dadá, quando ela tinha apenas treze anos e mais tarde o ódio passou a ser um grande afeto. Corisco ensinou Dadá a ler, escrever e usar armas. Corisco permaneceu com ela até no dia de sua morte. Os dois tiveram sete filhos, mas apenas três deles sobreviveram.1

Desentendimentos com o chefe Lampião levaram Corisco a separar-se do bando e a formar seu próprio grupo de cangaceiros, mas isso não afetou muito o relacionamento amigável entre ambos.

Em meados do ano de 1938 a polícia alagoana matou e degolou onze cangaceiros que se encontravam acampados na fazenda Angico, no estado de Sergipe; entre eles encontravam-se Lampião e Maria Bonita. Corisco, ao receber essa notícia, vingou-se furiosamente.

Morte

Em 1940 o governo Vargas promulgou uma lei concedendo anistia aos cangaceiros que se rendessem. Corisco e sua mulher Dadá decidiram se entregar mas, antes que isso acontecesse, foram baleados. O cerco contra o cangaceiro e seu bando foi no estado da Bahia, na cidade de Barra do Mendes, em um povoado denominado Fazenda Pacheco. Corisco e seu bando repousavam em uma casa de farinha no momento do combate após almoçarem. O ataque foi comandado pela volante do Zé Rufino, juntamente com o Ten. José Otávio de Sena. Dadá precisou amputar a perna direita e Corisco veio a falecer naquele mesmo ano. 

Com as mortes de Lampião, Maria bonita e Corisco, o cangaço nordestino enfraqueceu-se e acabou se extinguindo.

Corisco foi enterrado, no cemitério da consolação em Miguel Calmon, na Bahia. Depois de alguns dias sua sepultura foi violada, e seu corpo exumado. Seus restos mortais ficaram expostos durante 30 anos no Museu Nina Rodrigues ao lado das cabeças de Lampião e Maria Bonita.


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