Por Manoel Severo
Antônio Edson
Olegário, Manoel Severo, Cícero Landim da Cruz
Muitas
surpresas ainda aguardavam os convidados Cariri Cangaço - Edição de Luxo - Ano
V em terras de Missão Velha. Da Câmara Municipal a caravana seguiu para a sede
da Fazenda Mãe Lucy, de propriedade da família Olegário, tendo à frente,
Antonio Edson Sobreira Olegário que recebeu os mais de 100 convidados de todo o
Brasil com um banquete digno dos tempos áureos dos Terésios de Santa Teresa.
"Na verdade Antonio Edson só confirma o espetacular dom de excelentes
anfitriões que sua família e sobretudo seu pai, Edson Olegário, conquistaram ao
longo das gerações, só nos resta agradecer profundamente tanta gentileza e
atenção" Fala o curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo.
Francimary
Oliveira, Aderbal Nogueira, Oleone Fontes e Manoel Severo
Juliana
Pereira, pesquisadora de Quixadá, revela: "É impressionante a forma como
estamos sendo recepcionados nessa edição do Cariri Cangaço, ontem em Lavras da
Mangabeira e hoje neste almoço sem igual, até parece que estamos em casa,
realmente inesquecível tudo isso". Já o pesquisador e escritor paulista de
Salto, Sabino Bassetti comenta: "ter amigos com a sinceridade, garra, educação
e paciência do grande Severo, enche de orgulho qualquer pessoa. O Cariri
Cangaço, é sem nenhuma dúvida o maior evento do gênero. Parabéns Missão
Velha, parabéns Bosco, parabéns Severo. "
A beleza das
terras de Santa Teresa que mesmo com a grave estiagem que assolam o Ceará ainda
consegue mostrar a exuberante e vivaz cor e vida de seus verdes canaviais e sob
a brisa incrivelmente suave de um dia ensolarado de setembro, nos mostram
a incrível força do vale caririense, sede e berço do Cariri Cangaço.
Bosco André,
Ivanildo Silveira, Cel Donizete e Urbano Silva; Wescley Rodrigues, Jacqueline,
Elane Marques, João de Sousa Lima, Juliana Pereira, Celsinho
Rodrigues; Josué Santana e Louro Teles
Jair Tavares,
Ivanildo Silveira, Narciso Dias, Sabino Bassetti, Jorge Remigio e Narciso
Dias;Tereza Cristina, Manoel Serafim, Padre Agostinho, Jorge Remígio, Francimary
Oliveira e Narciso Dias
O lauto almoço
se prolongou por cerca de duas horas, onde os convidados do Cariri Cangaço
puderam consolidar ainda mais os laços de fraternidade com os anfitriões,
legado primordial do Cariri Cangaço, fazendo com que na integração de todos
possamos formar a verdadeira alma nordestina. Para Tereza Cristina Cornélio, de
Recife: “Parabéns Manoel Severo! Parabéns aos pesquisadores do Cariri Cangaço!
Mais uma vez, aprendi muito a respeito da História do Povo Nordestino. Mais uma
vez passei pela agradável experiência de conviver com pessoas cultas,
inteligentes, dedicadas e sobretudo disponíveis para repartir conhecimentos.
Agradeço de todo coração a oportunidade."
Nas terras de
Santa Teresa em nossa querida Missão Velha, as principais e mais
tradicionais famílias da região puderam traduzir toda a hospitalidade
do povo cearense que se prolongou em mais uma inesquecível visita, desta vez ao
Engenho Santa Teresa de propriedade de Cícero Landim da Cruz.
Antônio Edson,
Luiz Antonio, Celsinho Rodrigues, Sonia Jaqueline, Elane Marques e João de
Sousa Lima; Gerlane Carneiro e Ingrid Rebouças; Jorge Remígio e Dona Orlandina
Dona
Orlandina, Francimary Oliveira; Josué Santana e Louro Teles;
Alan Ferreira,
Elane Marques e Voldi Ribeiro; Padre Agostinho e Cel Donizete
Iris Mendes,
Luiz Ruben e Joventino de Melo; Eliene Costa,
Tomaz Cisne, Ângelo Osmiro e Djalma Sousa
Os vastos
campos de cana de açúcar, o cheiro forte do mel e melaço, o
tacho fumegante e todas as cores características das
moagens do sertão, mataram a saudade de muitos e trouxeram experiências
novas a quem ainda não havia conhecido. Um momento inesquecível de contato com
o combustível que move o sertão. Ali o proprietário Cícero Landim da
Cruz e seu imediato, Damião, filho de Piranhas nas Alagoas, também sede do
Cariri Cangaço, mostravam e ensinavam cada processo dentro da fabricação do
mel, da rapadura, do alfenim...
Celsinho Rodrigues, pesquisador de Piranhas revela: "Eu e minha mãe; Sônia Jaqueline; fomos criados ouvindo uma história das "terras de quem vai e não torna. "Realmente essa história se concretizou quando fomos ao Juazeiro desde a primeira vez. Fomos uma pessoa e voltamos outra. Mais enriquecido culturalmente, com um número de amigos muito maior e com o coração cheio de saudade. A família Cariri Cangaço desponta no cenário nordestino com a bandeira da igualdade. Não tem pequeno nem grande, nem rico nem pobre, somos todos iguais! Uma grande irmandade. Grande abraço a todos que fazem a família Cariri Cangaço em especial a este baluarte que dispensa qualquer tipo de comentário ou adjetivo que é nosso Curador Manoel Severo."
Celsinho Rodrigues, pesquisador de Piranhas revela: "Eu e minha mãe; Sônia Jaqueline; fomos criados ouvindo uma história das "terras de quem vai e não torna. "Realmente essa história se concretizou quando fomos ao Juazeiro desde a primeira vez. Fomos uma pessoa e voltamos outra. Mais enriquecido culturalmente, com um número de amigos muito maior e com o coração cheio de saudade. A família Cariri Cangaço desponta no cenário nordestino com a bandeira da igualdade. Não tem pequeno nem grande, nem rico nem pobre, somos todos iguais! Uma grande irmandade. Grande abraço a todos que fazem a família Cariri Cangaço em especial a este baluarte que dispensa qualquer tipo de comentário ou adjetivo que é nosso Curador Manoel Severo."
Grande Família
Cariri Cangaço recebida por Dr Cícero Landim da Cruz em Missão Velha
Antonio
Vilela, Luiz Ruben, Ivanildo Silveira, João de Sousa Lima, Bosco
Andre, Eliene Costa, Wescley Rodrigues, Alan Ferreira,
Neli Conceição, Geraldo e Rosane Ferraz, Jair Tavares
"Em 1533,
o colonizador português Martim Afonso de Souza trouxe as primeiras mudas de
cana-de-açúcar e realizou a disseminação dessa primeira atividade de exploração
econômica no Brasil no litoral nordestino. A produção desse tipo de gênero
agrícola aconteceu por conta do conhecimento anterior de técnicas de plantio e
preparo que permitiriam o desenvolvimento de tal atividade na América
Portuguesa. Contudo, a fabricação do açúcar não dependia somente do plantio da
cana em terras férteis. Para que o caule da cana fosse transformado no
açúcar a ser consumido em diferentes partes da Europa, era necessário que
várias instalações fossem construídas. Mais conhecidos como engenhos, tais
localidades eram compostas por uma moenda, uma casa das caldeiras e das fornalhas
e a casa de purgar. Com o desenvolvimento da economia açucareira, os engenhos
se espalharam de forma relativamente rápida no espaço colonial, chegando a
contar com 400 unidades no começo do século XVII.
Após a
colheita, a cana-de-açúcar era levada à moenda para sofrer o esmagamento de seu
caule e a extração do caldo. Em sua grande maioria, as moendas funcionavam com
o uso da tração animal. Também conhecida como trapiche, esse tipo de moenda era
mais comum por conta dos menores gastos exigidos para a sua construção. Além do
trapiche, haviam as moendas movidas por uma roda-d’água que exigiam a
dificultosa construção de um canal hidráulico que pudesse
movimentá-la. Feito o recolhimento do caldo, o produto era levado até a
casa das caldeiras e fornalhas, onde sofria um longo processo de cozimento
realizado em grandes tachos feitos de cobre. Logo em seguida, o melaço era
refinado na casa de purgar, lugar onde a última etapa de refinamento do açúcar
era finalmente concluída. O beneficiamento completo do açúcar era realizado em
terras brasileiras pelo fato de Portugal não possuir refinarias que dessem fim
ao serviço."
Engenho
de Santa Teresa
Engenho
de Santa Teresa
Wescley Rodrigues
"Ainda em terras coloniais eram produzidos dois tipos diferentes de
açúcar: o mascavo, de coloração escura e escoado para o mercado interno; e o
branco, em sua grande maioria direcionado aos consumidores do Velho Mundo. Após
a embalagem do açúcar, as caixas eram transportadas para Portugal, e,
posteriormente, para a Holanda, que participava realizando a distribuição do
produto em solo europeu. Por volta do século XVII, a cidade flamenca de
Amsterdã passou a realizar o refino do açúcar. Além dessas unidades produtivas,
um engenho também contava com construções utilizadas para o abrigo da população
que ali vivia. Na casa-grande eram alojados o proprietário das terras, sua
família e alguns escravos domésticos. Na senzala ficavam todos os escravos que
trabalhavam nas colheitas e instalações produtivas do engenho. Por meio dessa
configuração, podemos ver que a formulação desses espaços influiu nos contastes
que marcaram o desenvolvimento da sociedade colonial. Ao contrário do que
muitos chegam a imaginar, os engenhos não estavam disponíveis em toda e
qualquer propriedade que plantava cana-de-açúcar. Os fazendeiros que não
possuíam recursos para construírem o seu próprio engenho eram geralmente
conhecidos como lavradores de cana. Na maioria das vezes, esses plantadores de
cana utilizavam o engenho de outra propriedade mediante algum tipo de
compensação material."
Caravana do
Edição de Luxo em Missão Velha
Alcides
Carneiro, Manoel Severo, Bosco André e Dr Cícero Landim da Cruz
Família Cariri
Cangaço
Mabell Sales,
João Paulo, Pedro Barbosa
Missão Velha, missão cumprida,
na bagagem, gratidão, saudade e rapaduras...muitas...
O dia estava
acabando e Missão Velha ficaria mais uma vez
guardada no coração de toda família Cariri Cangaço.
O esforço realizado pelo Conselheiro
Cariri Cangaço Bosco André, ao lado de confrades valorosos como
Dr Tardini, o estimado presidente Cicero Macedo, Antonio Edson Olegário,
Dr Cicero Landim da Cruz, as famílias tradicionais
de Missão Velha, enfim, todos irmanados na direção de não
deixar morrer a memória, a tradição e a história de um
dos mais significativos rincões de nosso nordeste, nosso Portal
do Cariri.
Cariri Cangaço
Edição de
Luxo - Ano V
Engenho Santa
Teresa, 25 de Setembro de 2015
Missão Velha,
Ceara, Brasil
http://cariricangaco.blogspot.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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