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quinta-feira, 16 de junho de 2016

CHUVA DE BALA NO PAÍS DE MOSSORÓ - O CALOTE 2016

Por Kydelmir Dantas.

Sou 'testemunha ocular' desta autoria. Por 5 anos como consultor histórico deste espetáculo, que tem a História como espinha dorsal, fui a procura das reminiscências dessa autoria. Conversei com Tarcisio Gurgel e até debatemos sobre as diversas mudanças que 'lhe impuseram' nas tais licenças poéticas que sempre usam como desculpas artísticas. Ele - um gentleman mossoroense - nunca fez questão disto, até porque entende que o espetáculo é para turistas e que deve ser feito para que os nativos tenham uma noção do que foi aquele 13 de junho de 1927. Mas, voltemos ao assunto AUTORIA. Em 1977, nos 50 anos da vitória de Mossoró sobre o bando de cangaceiros comandados por Lampião, houve um programa de homenagens aos cidadãos que estiveram nas trincheiras da resistência. Ao mesmo tempo, lembraram-se de fazer uma peça teatral que mostrasse um pouco daquela tarde histórica. O executivo mossoroense, através da secretaria de educação e cultura, contactou-se com Ariano Suassuna que, segundo ele, por questão de tempo, não pode assumir o compromisso de montar o texto. Daí alguém se lembrou de TARCISIO GURGEL, que estava por cá e já conhecido como uma pessoa que teria capacidade de fazê-lo. Convite feito, convite aceito e TG montou a peça que levou o título de ESPETÁCULO DA RESISTÊNCIA, encenado pelo Grupo de Teatro da UFRN no adro da Capela de São Vicente no dia 13 de junho daquele ano. Fácil é de se comprovar isto... Vão até o impresso jornal O Mossoroense, e peguem o mês de junho de 1977, lá encontra-se convite, local e data da encenação. Encontra-se no acervo do Museu Municipal Lauro da Escóssia.

Em 2002, num momento de lucidez, o executivo local resolveu que a peça deveria voltar a ser apresentada para os seus munícipes; entraram em contato com o TG – ele lembra hora, dia, mês e o representante da PMM que lhe contactou – para uma nova montagem que, a partir de então recebeu o novo título de CHUVA DE BALA NO PAÍS DE MOSSORÓ. Mesmo com o estupro do diretor de então – Abujamra – à nossa história e a do cangaço – aconteceu. A partir de 2003, com a direção de João Marcelino, que nos primeiros anos mais se aproximaram da História real, houve várias mudanças, e Eu estive lá, assistindo, aplaudindo e conferindo, que o texto do Tarcísio Gurgel, as músicas do Danilo Guanais, os atores e atrizes de Mossoró, farão sucesso sob qualquer direção. E tenho dito!.

Kydelmir Dantas é natural de Nova Floresta-PB, radicado em Mossoró-Rn, escritor, poeta, pesquisador do cangaço e gonzaguiano.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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