Por Padre
Luiz Ximenes
Severino,
não tome como graça
se
eu lhe disser que o mal que me devora
é
saudade dos trens. Por mais que eu faça,
mais
eu sinto esta dor, sem ter melhora!
Aplique
um analgésico, doutor,
uma
drágea, uma droga, uma aspirina,
um
sedativo que me espante a dor,
um remédio qualquer da medicina!
um remédio qualquer da medicina!
Pegue
o lápis, doutor e, a meu pedido,
receite
para mim um comprimido
que
me torne esta dor diminuída.
Deveria,
por onde o trem não passa,
a voz
do seu apito ser vendida
como
um produto a não faltar na praça
Padre
Luiz Ximens, antigo Vigário de Santa Quitéria/CE.
FONTE:
XIMENES, Luiz. Sonetos do Trem Perdido, - Gráfica Editora Tribuna do
Ceará, 1988
Obs.:
Soneto de autoria do Padre Luiz Ximenes gentilmente enviado por e-mail pelo
amigo Joab Aragão, filho dileto de Sobral/CE, conterrâneo de Benedito
Vasconcelos Mendes, Belchior e Renato Aragão.
Enviado para ser publicado neste blog pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso.
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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