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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

A CHACINA DA FAMÍLIA DE DOMINGOS VENTURA

Por Antonio José de Oliveira

Meu caro Historiador Rubens Antonio e meu amigo José Mendes de Mossoró, uma das passagens mais tristes da saga do cangaço, que vocês e demais pesquisadores conhecem, foi sem sombra de dúvida a chacina da família de Domingos Ventura, numa injusta execução perpetrada por Corisco, onde perderam a vida seis pessoas da família, inocentemente. 



Até mesmo seu filho, o nobre Economista Silvio Bulhões quando lembra do assunto, sente enorme tristeza, e diz ter sido a pior injustiça cometida por seu pai. 


Sílvio Bulhões filho dos cangaceiros Corisco e Dadá

A segunda injustiça - salvo melhor juízo -, foi a morte como foi assassinado o referido cangaceiro. Não consigo aceitar como um combate, logo que Corisco, praticamente com os braços paralisados, não acredito ter enfrentado o grupo do então Tenente José Rufino, e sim, houve ali uma emboscada e não um confronto. 


Tenente Zé Rufino

Só não tenho certeza se o Tenente tinha ciência que o cangaceiro estava quase aleijado dos braços, em virtude de um confronto ocorrido dias antes. Agora uso as palavras do MENDES: A opinião é minha - sem nenhum valor oficial, pois lá eu não estava. Antonio José de Oliveira é pesquisador do cangaço lá da cidade de Serrinha, no Estado da Bahia. 


Adendo - http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Grande pesquisador Antonio José de Oliveira, segundo os nossos pesquisadores de campo e escritores do cangaço (falo nosso, não por possessividade, mas pelas informações que eles nos entregam diariamente), José Osório de Farias foi um dos policiais e comandantes de volantes que mais matou cangaceiros. Era alcunhado no comando policial por Zé Rufino, e que seu apelido antes de entrar na polícia era Zé de Rufina, mas não sei se a Rufina como o próprio apelido diz que era Zé de Rufina (Rufina), era a sua mãe ou esposa, e depois tornou-se Zé Rufino). 

Diz o escritor Alcino Alves Costa em: “Lampião Além da Versão – Mentiras e Mistério de Angico”, que o policial teve contato com Lampião em festas forrozeiras, quando ele fazia bailes lá pras bandas de Ribeiras do Pajeú, e nas localidades adjacentes, no Estado de Pernambuco. 

A primeira vez que o José Osório (ainda não era policial) fez contato com Lampião, foi no município de Salgueiro. Nesse encontro o José Osório era o sanfoneiro, e animava a festa de um casamento, sendo que Lampião era um dos convidados. Ao ver o jovem José Osório, Lampião se interessou de convidá-lo para participar do seu bando de cangaceiros, mas no momento do convite, ele se desculpou, dizendo que era arrimo de família, e sua mãe já era de idade. Além disso, tinha uns irmãos que eram seus dependentes. E o capitão não o levasse a mal, pois não tinha intenções de um dia usar armas.

Tempos depois, outro encontro, e Lampião o fez o mesmo convite. José Osório o disse que iria pensar, pois precisava resolver alguns problemas, e depois lhe daria uma resposta. 
Mas Lampião o liberou, marcando uma data e desta vez não aceitaria desculpas.


E agora, o que José Osório de Farias faria para se livrar de Lampião? 

Sabendo que estava marcado por ele, decidiu que a solução seria entrar na polícia, e em vez de ser perseguido, passaria a ser perseguidor de cangaceiros. Como tocador de baile não dava mais, pois poderia Lampião chegar e bagunçar a sua festa.

Meses depois, José Osório engajou-se na polícia militar, chegando a receber graduação de tenente, e a partir daí, surgiu o Tenente Zé Rufino. Chegou rapidamente a oficial, alcançando a posição de coronel da Policia Militar da Bahia.

Diz Alcino Alves que sua volante ficou famosa por cortar as cabeças dos asseclas mortos em combate. A morte mais comentada foi a de Corisco, um dos mais famosos facínoras que se tem notícia.

 Dr. Ivanildo Alves da Silveira

Diz o pesquisador e colecionador do cangaço Dr. Ivanildo Alves da Silveira que em depoimento que Zé Rufino deu ao cineasta Paulo Gil Soares, ele afirmou ter eliminado cerca de vinte integrantes dos bandos ligados a Lampião. 

https://www.youtube.com/watch?v=O2aFwR1sdAk

Diz ainda Alcino que em 1936, Zé Rufino eliminou o bando de Mariano, um cangaceiro da velha guarda que acompanhava o Rei do Cangaço há 13 anos.

José Mendes Pereira - Mossoró-Rn.

http://cariricangaco.blogspot.com.br/2010/05/ze-rufino-de-sanfoneiro-matador-de.html

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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