Por Antonio José de Oliveira
Meu caro
Historiador Rubens Antonio e meu amigo José Mendes de Mossoró, uma das
passagens mais tristes da saga do cangaço, que vocês e demais pesquisadores
conhecem, foi sem sombra de dúvida a chacina da família de Domingos Ventura,
numa injusta execução perpetrada por Corisco, onde perderam a vida seis pessoas
da família, inocentemente.
Até mesmo seu filho, o nobre Economista Silvio
Bulhões quando lembra do assunto, sente enorme tristeza, e diz ter sido a pior
injustiça cometida por seu pai.
A primeira vez que o José Osório (ainda não era policial) fez contato com Lampião, foi no município de Salgueiro. Nesse encontro o José Osório era o sanfoneiro, e animava a festa de um casamento, sendo que Lampião era um dos convidados. Ao ver o jovem José Osório, Lampião se interessou de convidá-lo para participar do seu bando de cangaceiros, mas no momento do convite, ele se desculpou, dizendo que era arrimo de família, e sua mãe já era de idade. Além disso, tinha uns irmãos que eram seus dependentes. E o capitão não o levasse a mal, pois não tinha intenções de um dia usar armas.
Tempos depois, outro encontro, e Lampião o fez o mesmo convite. José Osório o disse que iria pensar, pois precisava resolver alguns problemas, e depois lhe daria uma resposta. Mas Lampião o liberou, marcando uma data e desta vez não aceitaria desculpas.
José Mendes Pereira - Mossoró-Rn.
Sílvio Bulhões filho dos cangaceiros Corisco e Dadá
A segunda injustiça - salvo melhor juízo -, foi
a morte como foi assassinado o referido cangaceiro. Não consigo aceitar como um
combate, logo que Corisco, praticamente com os braços paralisados, não acredito
ter enfrentado o grupo do então Tenente José Rufino, e sim, houve ali uma
emboscada e não um confronto.
Tenente Zé Rufino
Só não tenho certeza se o Tenente tinha ciência
que o cangaceiro estava quase aleijado dos braços, em virtude de um confronto
ocorrido dias antes. Agora uso as palavras do MENDES: A opinião é minha - sem
nenhum valor oficial, pois lá eu não estava. Antonio José de Oliveira é pesquisador do cangaço lá da cidade de Serrinha, no Estado da Bahia.
Adendo - http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Grande pesquisador Antonio José de Oliveira, segundo os nossos pesquisadores de campo e escritores do cangaço (falo nosso, não por possessividade, mas pelas informações que eles nos entregam diariamente), José Osório de
Farias foi um dos policiais e comandantes de volantes que mais matou cangaceiros.
Era alcunhado no comando policial por Zé Rufino, e que seu apelido antes de entrar na polícia era Zé de Rufina, mas não sei se a Rufina como o próprio apelido diz que era Zé de Rufina (Rufina), era a sua mãe ou esposa, e depois tornou-se Zé Rufino).
Diz o escritor Alcino Alves Costa em:
“Lampião Além da Versão – Mentiras e Mistério de Angico”, que o policial teve
contato com Lampião em festas forrozeiras, quando ele fazia bailes lá pras
bandas de Ribeiras do Pajeú, e nas localidades adjacentes, no Estado de
Pernambuco.
A primeira vez que o José Osório (ainda não era policial) fez contato com Lampião, foi no município de Salgueiro. Nesse encontro o José Osório era o sanfoneiro, e animava a festa de um casamento, sendo que Lampião era um dos convidados. Ao ver o jovem José Osório, Lampião se interessou de convidá-lo para participar do seu bando de cangaceiros, mas no momento do convite, ele se desculpou, dizendo que era arrimo de família, e sua mãe já era de idade. Além disso, tinha uns irmãos que eram seus dependentes. E o capitão não o levasse a mal, pois não tinha intenções de um dia usar armas.
Tempos depois, outro encontro, e Lampião o fez o mesmo convite. José Osório o disse que iria pensar, pois precisava resolver alguns problemas, e depois lhe daria uma resposta. Mas Lampião o liberou, marcando uma data e desta vez não aceitaria desculpas.
E agora, o que José Osório de Farias faria para se livrar de
Lampião?
Sabendo que estava marcado por ele, decidiu que a solução seria entrar
na polícia, e em vez de ser perseguido, passaria a ser perseguidor de
cangaceiros. Como tocador de baile não dava mais, pois poderia Lampião chegar e
bagunçar a sua festa.
Meses depois, José Osório engajou-se na polícia militar, chegando a
receber graduação de tenente, e a partir daí, surgiu o Tenente Zé Rufino. Chegou
rapidamente a oficial, alcançando a posição de coronel da Policia Militar da
Bahia.
Diz Alcino Alves que sua volante ficou famosa por cortar as cabeças dos asseclas
mortos em combate. A morte mais comentada foi a de Corisco, um dos mais famosos
facínoras que se tem notícia.
Dr. Ivanildo Alves da Silveira
Diz o pesquisador e colecionador do cangaço Dr. Ivanildo Alves da Silveira que em depoimento que Zé Rufino deu ao cineasta
Paulo Gil Soares, ele afirmou ter eliminado cerca de vinte integrantes dos
bandos ligados a Lampião.
https://www.youtube.com/watch?v=O2aFwR1sdAk
Diz ainda Alcino que em 1936, Zé Rufino eliminou o
bando de Mariano, um cangaceiro da velha guarda que acompanhava o Rei do
Cangaço há 13 anos.
José Mendes Pereira - Mossoró-Rn.
http://cariricangaco.blogspot.com.br/2010/05/ze-rufino-de-sanfoneiro-matador-de.html
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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