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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

QUANTAS VEZES

 Por. Zé Ronaldo

QUANTAS VEZES
Zé Ronaldo

Muitas vezes nesta vida
Queremos desanimar
Pelas dores das feridas
No silêncio á sangrar
Memórias são divididas
No aconchego do lar.

Nos doamos com amor
Para satisfazer a um irmão
Regamos nosso valor
Porém vem a decepção
A falsidade no calor
De um aperto de mão.

Quantas vezes no chuveiro
Ou embaixo do cobertor
Ficamos nos perguntando
Porque esfriou o amor
E o tempo vai passando
Nos trazendo angústia e dor.

Mais a vida é assim mesmo
Cada um dar o que tem
Cada dia bem vivido
É como um vagão de trem
Mesmo agente bem sofrido
Amor carinho se tem.

A ganância tomou conta
Do nosso globo terrestre
Tem gente que só apronta
Nem a pena se merece
Mais Deus pedirá a conta
pois de nada ele esquece.

Quanto mais se é gentil
Mais nocaute tomaremos
Nos atiram com o fuzil
Da lingua que é veneno
E choramos como um rio
Para irmos aprendendo.

Jesus foi á Pilatos
Que o mandou para Herodes
Pilatos o tem novamente
Escarneando-o até a morte
Ainda mais nós os viventes
Quem mudará nossa sorte.

O mal que agente encontra 
É de querer ajudar
Ser bom ouvir partilhar
E com o outro se importar
Sentar para escutar
Viver junto e lastimar.

Porém a ingratidão 
De supresa sempre vem
Nos perfura o coração
Nos transformando também
Munida da solidão
Sufocando nosso bem.

Mais Deus o nosso criador
Sempre nos coloca de pé
Nos fortalece no amor
Munidos da sua fé
Vai-se embora o rancor
Porque assim ele o quer.

Sempre prontos para o ringue
A qualquer hora estaremos,
Quem não sabe aproveitar
De nós é que sai perdendo
Só quem tem amor vai dar
Quem não tem está morrendo.


Zé Ronaldo é poeta popular.

Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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