Por. Zé Ronaldo
QUANTAS VEZES
Zé Ronaldo
Muitas vezes nesta vida
Queremos desanimar
Pelas dores das feridas
No silêncio á sangrar
Memórias são divididas
No aconchego do lar.
Nos doamos com
amor
Para satisfazer a um irmão
Regamos nosso valor
Porém vem a decepção
A falsidade no calor
De um aperto de mão.
Quantas vezes
no chuveiro
Ou embaixo do cobertor
Ficamos nos perguntando
Porque esfriou o amor
E o tempo vai passando
Nos trazendo angústia e dor.
Mais a vida é
assim mesmo
Cada um dar o que tem
Cada dia bem vivido
É como um vagão de trem
Mesmo agente bem sofrido
Amor carinho se tem.
A ganância
tomou conta
Do nosso globo terrestre
Tem gente que só apronta
Nem a pena se merece
Mais Deus pedirá a conta
pois de nada ele esquece.
Quanto mais se
é gentil
Mais nocaute tomaremos
Nos atiram com o fuzil
Da lingua que é veneno
E choramos como um rio
Para irmos aprendendo.
Jesus foi á
Pilatos
Que o mandou para Herodes
Pilatos o tem novamente
Escarneando-o até a morte
Ainda mais nós os viventes
Quem mudará nossa sorte.
O mal que
agente encontra
É de querer ajudar
Ser bom ouvir partilhar
E com o outro se importar
Sentar para escutar
Viver junto e lastimar.
Porém a
ingratidão
De supresa sempre vem
Nos perfura o coração
Nos transformando também
Munida da solidão
Sufocando nosso bem.
Mais Deus o
nosso criador
Sempre nos coloca de pé
Nos fortalece no amor
Munidos da sua fé
Vai-se embora o rancor
Porque assim ele o quer.
Sempre prontos
para o ringue
A qualquer hora estaremos,
Quem não sabe aproveitar
De nós é que sai perdendo
Só quem tem amor vai dar
Quem não tem está morrendo.
Zé Ronaldo é
poeta popular.
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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