Por Tomislav Femenick
Os primeiros
estudos sobre o que mais tarde viria a ser ciência (do latim scientia, æ
= æ = conhecimento, saber, erudição; do grego επιστήμη) foram
desenvolvidos pelos filósofos, notadamente por aqueles que se dedicavam à filosofia
da natureza ou filosofia natural, ramificação da filosofia que trata
da matéria e da vida; uma cosmovisão racional da natureza, enfocando suas
propriedades e os fenômenos relacionados com a existência, usando o pensamento
como instrumento interpretativo, em contraposição aos dogmas e às opiniões não
comprovados. É, pois, uma abordagem do mundo físico, e seus três reinos:
animal, vegetal e mineral.
A história
aponta os gregos e os chineses como os precursores desses estudos. Os gregos –
principalmente Leucipo de Mileto (460-380 a.C.) e Demócrito de Abdera (cerca de
460-370 a.C.) – desenvolveram a teoria de que todas as matérias, em seus
diferentes estados físicos (sólidos, líquido e gasosos), são compostas por
átomos (do grego ἄτομος, indivisível), materiais cujas propriedades
elementares seriam: forma, tamanho, impenetrabilidade e movimento. Essas
partículas se moveriam continuamente no vácuo e suas alterações de estado
seriam resultado de mudanças de combinações dos átomos que a compõem. A opinião
predominante entre os pensadores gregos era que as matérias eram compostas
apenas de terra, água, fogo e ar, em seus estados de quente e frio, seco e
úmido. Por sua vez, os chineses da antiguidade nunca desenvolveram uma teoria
atômica. Adotavam a ideia dos cinco elementos básicos, dos cinco princípios
ativos: terra, água, fogo, metal e madeira. Terra, água e fogo, em comum com os
gregos. Essa teoria foi sistematizada pelo filósofo, historiador, político,
naturalista, geógrafo e astrólogo Zou Yan, ou Tsou Yen (305-240 a.C.), tido
como o fundador de todo o pensamento científico chinês (DURANT, 1995). Das
especulações teoréticas, os estudos gregos e chineses migraram para o campo do
empírico, para o uso prático dos conhecimentos obtidos pelas discussões das
indagações filosóficas.
Na Grécia,
enquanto as pesquisas abrangeram a matemática e a lógica, as descobertas foram
do relógio de água, às máquinas com força motriz hidráulica ou de ar
comprimido. No campo das ciências naturais, as pesquisas se expandiram
pela astronomia, geografia, zoologia, botânica e medicina e vários outros
setores. O caminho em direção à ciência foi aberto principalmente nas cidades
jônicas – em Mileto, Samos e Éfeso –, onde “inventaram a pesquisa pura, e
sua jovem ambição assumiu como tarefa a explicação unitarista do real”(PETIT,
1989). Cinco pensadores gregos deram a base para a separação em o “raciocínio
simplesmente lógico” e o “raciocínio lógico ordenado”. Primeiro foi Tales de
Mileto (624-548 a.C.), que exclui os deuses na sua visão da origem da natureza.
Pitágoras (580-507 a.C.) concebeu que a relação matemática como base da
natureza das coisas. Parmênides (515-540 a.C.), foi o criador da lógica formal,
alicerçada no “princípio de identidade, ou da não-contradição, segundo o
qual o ser é e o não-ser não é”. Demócrito (460-370 a.C.) com
sua teoria sobre a constituição da matéria. Por último, Aristóteles (384-322
a.C.) pelo rigor de seus estudos sistematizados sobre a física, a mecânica e a
matemática. “Com esses […] filósofos gregos surgiram, em forma
embrionária, os conceitos essenciais do pensamento científico” (PERRY,
1985).
A China
antiga, cujos estudos teóricos e conceituais foram menos relevantes e voltados
mais a conceituações morais (confucionismo, taoismo etc.), voltou sua atenção
para a exploração do mundo natural. Como exemplo, as pesquisas no campo da
física e da química resultaram na invenção da pólvora, do balão de ar quente e
da bússola magnética; os estudos sobre mecânica levam à construção da
besta [i] e do
sismógrafo; na medicina, testaram o tratamento da malária. Estudaram e fizeram
aplicação prática com elementos de engenharia hidráulica, botânica e astronomia
(FEMENICK, 2003).
Na
antiguidade, outros povos também enveredaram nos estudos das ciências. Na
Mesopotâmia e no Egito houve importantes estudos no campo da engenharia de
construção, medicina, matemática e astronomia.
1.
CIÊNCIA NÃO É FILOSOFIA
O
desenvolvimento da filosofia da natureza resultou na criação de
padrões metodológicos próprios e, consequentemente, em sua separação da
filosofia. Hoje, a filosofia (do grego φιλοσοφία; φίλος = amigo
+ σοφία = sabedoria) é explicada como uma forma de pensar que busca a
sabedoria pela compreensão dos fenômenos que envolvem o ser e a natureza; a
realidade em si. Procura a razão através da crítica para chegar às respostas
das indagações levantadas pela própria filosofia. Assim entendida, é uma
expressão racional do conhecimento humano, cujo papel é decisivo na formulação
de premissas e conceitos que norteiam a formação do pensamento e da lógica
construída pelo homem, inclusive no terreno das ciências.
Já a ciência é
uma área do saber, onde os estudos são direcionados para determinados objetos
ou fenômenos. Estes são agrupados segundo determinadas normas que regem seu
comportamento, obedecendo a uma metodologia própria. A primeira grande premissa
científica é a de que os “fenômenos científicos”, quando acontecidos nas mesmas
condições, se repetem com os mesmo resultados. Em outras palavras: a percepção
cientifica da realidade é diferente da percepção que a filosofia faz da mesma
realidade.
Cervo e
Bervian (1983) confirmam essa posição, ao dizem que:
O conhecimento
filosófico distingue-se do científico pelo objeto de investigação e pelo
método. O objeto das ciências são os dados próximos, imediatos,
perceptíveis pelos sentidos ou por instrumentos, pois, sendo de ordem
material e física, são por isso suscetíveis de experimentação (método
científico = experimental). O objeto da filosofia é constituído de realidades
mediatas, não perceptíveis pelos sentidos e que, por serem de ordens
suprassensíveis,ultrapassam a experiência (método racional). A ordem
natural do procedimento é, sem dúvida, partir dos dados materiais e sensíveis
(ciência) para se elevar aos dados de ordem metempírica [ii], não
sensíveis, razão última da existência dos entes em geral (filosofia). Parte-se
do concreto material para o concreto supramaterial, do particular ao universal.
Na acepção clássica, a filosofia era considerada a ciência das coisas por suas
causas supremas. Modernamente, prefere-se falar em filosofar. O filosofar
é um interrogar, é um contínuo a si e à realidade. A filosofia não é algo
feito, acabado. A filosofia é uma busca constante do sentido, de justificação,
de possibilidades, de interpretação a respeito de tudo aquilo que envolve o
homem e sobre o próprio homem em sua existência concreta.
A ciência
moderna está, pois, estruturada em observações continuadas e na obtenção de
resultados idênticos. Foi Francis Bacon (1973) o iniciador dessa nova ciência,
quando propôs a sua formalização e metodização, com base na observação dos
fenômenos.
2.
CIÊNCIA NÃO É TECNOLOGIA
Nem sempre é
perfeitamente entendida a diferenciação ente ciência e tecnologia (do
grego τεχνολογια; τεχνη = ofício + λογια = estudo).
Como já foi dito, ciência é o estudo formal e metodologicamente organizado de
alguns fenômenos, visando identificar suas causas e efeitos. Por sua vez, a
tecnologia é a maneira de como se aplicar os conhecimentos obtidos pela ciência
em favor do ser humano, atendendo os requisitos de possibilidade de uso,
utilidade, rentabilidade e segurança.
Por isso é que
até os anos quarenta e cinquenta do século passado, alguns pensadores
(principalmente norte-americanos) consideravam a tecnologia como sendo “ciência
aplicada”. Porém a tecnologia é tão somente uma forma de processos, métodos e
instrumentos de atividade profissional. É a forma como se elabora qualquer
ofício, qualquer tarefa (SINGER, 1971; MARCUSE, 1999). Além do mais, nem sempre
resulta de estudos da ciência. A tecnologia pode derivar de hábitos e tradições
comunitários, do meio ambiente, de imposição legal etc.
Outra falácia
ligada à tecnologia é que ela representa modernidade, avanço tecnológico e até
mesmo científico. Há tecnologia atrasada, consoante com o seu tempo e avançada.
Há a tecnologia de pesca com vara de bambu, cordão, anzol e isca natural; com
vara de fibra de plástica, molinete, linha der náilon, anzol multiface e iscas
artificiais; de pesca de rede de arremesso ou de arrastão; com navios equipados
com sonar etc. Todas são tecnologias; umas arcaicas e outras avançadas.
Pode-se
resumir dizendo que, não obstante o desenvolvimento tecnológico faça uso de
observação de alguns fatos, ele não presume uma teorização consciente de qualquer
fenômeno envolvido. Assim, tecnologia não é ciência, pois lhe faltam três
pressupostos base: a consciência do evento, sua compreensão e explicação.
3.
O QUE É CIÊNCIA
Resumidamente,
pode-se dizer que a ciência é o resultado da procura do entendimento da
natureza e do comportamento do ser humano, busca essa sustentada no ceticismo e
tendo como base metodologias concretas, objetivas e apropriadas para cada caso
e em cada circunstância. Sua finalidade é utilizar os conhecimentos obtidos
para explicar e controlar a natureza, em proveito do homem. Diferentemente da
filosofia, que usa a argumentação, a ciência faz uso de experimentos para
comparar suas abstrações com a realidade. Seus instrumentais predominantes são
a demonstração e a comprovação, sustentáculos do valor de seus enunciados,
predicativos e teorias. Segundo Pareto (1984): “É sempre o fenômeno
concreto que decide se uma teoria deve ser aceita ou rejeitada. Não há, não
pode haver, outro critério sobre a verdade de uma teoria que não seja sua
concordância mais ou menos perfeita com os fenômenos concretos”.
Por isso é que
as demonstrações científicas têm que ser completas, de forma que ofereçam uma
compreensão total do assunto tratado. Esse estado das demonstrações somente
pode ser obtido por experimentos levados a efeito em laboratório (para as
ciências naturais) ou por comprovações de campo (para as ciências humanas), em
que os fenômenos são analisados e explicados com a abordagem de suas origens
(causas) e resultados (efeitos). Só assim as demonstrações científicas
assumirem o caráter de aplicação geral.
3.1
Digressão histórica
Atualmente a
ciência – talvez a expressão as ciências seja a melhor para ser
empregada neste contexto – busca responder “como” as coisas funcionam, porém
até o século XV ela procurava explicar o “porquê” das coisas, isso em razão de
que estava atrelada a elementos estranhos à sua natureza, tais como mitos,
superstições e, destacadamente, dogmas religiosos. Somente quando se voltou ao
estudo de fatos observáveis e passíveis de serem descritos e mensurados, quando
as bases das teorias e conceitos se tornaram claras, lógicas e sem
interpretações ambíguas, é que a ciência trilhou o caminho do conhecimento
adquirido pela reflexão ou pela experiência. Essa evolução aconteceu lentamente,
em período dos mais obscuros da história, a Idade Média [iii]. Foi no
Renascimento [iv] que os estudos
sobre a natureza ganharam força, baseados na observação, na lógica e na
compreensão das leis que regem o seu funcionamento. Paralelamente, no mesmo
período começaram a surgir os questionamentos dos dogmas religiosos e das “verdades
estabelecidas”.
Assim, apesar
dos entreves religiosos e da própria cosmovisão do homem medieval, não se pode
pensar que não tenha havido desenvolvimento no modo de se fazer ciência durante
toda a Idade Média. Colin Ronan (2001) afirma que:
O tardio
movimento científico medieval concentrou-se na ciência física (…). Foi um
trabalho que deveria ter continuidade nos séculos seguintes, na época que veio
a se chamar de Renascença e no período que é muitas vezes denominado de
Revolução Científica. E é nas ciências físicas que vemos mais claramente a
emergência da ciência moderna, baseada, em grande parte, nas atitudes
inquiridoras dos sábios do fim da Idade Média.
Essa
“revolução científica” aconteceu entre os séculos XVI e XVIII, impulsionada por
vários fatores, entre eles o novo modo de pensar nascido no Renascimento, a
imprensa, a reforma protestante, as descobertas de novas terras pelos
navegadores ibéricos e até pela própria alquimia, a pseudociência medieval. A
forma de se fazer ciência que vigora no tempo presente teve outro impulso no
século XVII, durante o movimento conhecido como o Iluminismo [v] e mesmo por
alguns pensadores pré-iluministas, entre eles Copérnico (1473-1543), por sua
teoria heliocêntrica do sistema solar; Francis Bacon (1561-1626), pelo seu
método para estudar os fenômenos naturais; Galileu Galilei (1564-1642), por
seus estudos sobre movimentos, pêndulo e inércia; e René Descartes (1596-1650),
por seus trabalhos sobre filosofia, ciências, álgebra e geometria (KUHN, 1978;
ANDERY et al, 1988).
O avanço das
ciências em geral, registrado nos séculos XIX e XX, consolidou o racionalismo
cientifico, dando-o a consistência com que se apresenta nos dias de hoje.
3.2
Os Livros e as Ciências
Um fator foi
primordial nessa progressão, os livros. Até o século XV todo o saber da
humanidade era armazenado em cópias manuscritas, reproduzidas uma a uma e
restritas a um público muito limitado. Na Idade Média foram os mosteiros
católicos que trouxeram a si a responsabilidade de copistas e de guardiães do
conhecimento, num mundo em que predominavam reis e cortesãos guerreiros rudes e
analfabetos. Poucos – inclusive alguns mercadores – fugiam à regra. Isso tudo
começou a mudar com o advento da imprensa, dos tipos móveis e da prensa
gráfica, a invenção do alemão Johannes Gutenberg, em 1439. Primeiro foi a
Bíblia, depois livros sobre todos os assuntos, editados e espalhados pela
Europa e de lá seguiram os caminhos “nunca dantes navegados” pelos homens e
pelo saber.
Os livros
transformaram o mundo. Sedimentaram padrões linguísticos (o dialeto londrino
tornou-se a língua da Inglaterra e o dialeto da Toscana tornou-se a língua
oficial da Itália), foram responsáveis pela solidificação do conceito nacional
dos povos e, principalmente, foram uma das causas da reforma protestante e da
contrarreforma católica. No campo específico da economia, havia os Almanaques
que divulgavam informações sobre agricultura, “aritmética comercial”, preços de
mercadorias, leis mercantis e de navegação, rotas marítimas, tabelas uniformes
de cálculos, padrões de medidas, construção de navios etc. Um dos livros que
teve maior repercussão foi o Summa de arithmetica, geometria proportioni
et propornalità (Súmula de aritmética, geometria, proporção e
proporcionalidade), do frei Luca Pacioli, o criador da contabilidade moderna.
Livros didáticos sobre medicina, arquitetura, astronomia, navegação, geologia,
química, metalurgia, tecelagem já eram comuns no século XVI (BURKE e ORNSTEIN,
1998). Paralelamente o número de escolas e de universidades cresceu
exponencialmente.
O resultado
dessa ampla divulgação de conhecimento foi a alteração do modo de pensar dos
homens, pois a leitura força a concentração do pensamento, induz ao raciocínio
e o raciocínio leva à análise, à critica e à busca de provas. Foi dessa
inter-relação de circunstâncias que nasceram as ideias de Copérnico, Kepler,
Galileu Galilei e de vários outros pensadores. Foi o livro o fato gerador do
Iluminismo. A leitura e a escrita são, pois, atos racionais, capazes de
revolucionar as ciências, economia, a política, a sociedade e até mesmo a fé.
4.
CLASSIFICAÇÃO DAS CIÊNCIAS
A
classificação ou divisão das ciências se dá tão somente para atender uma questão
sistêmica. Todavia, nas suas formulações as ciências geralmente usam, em grau
maior ou menor, instrumentos e premissas das outras ciências. A classificação
tem por objetivo apenas estabelecer terrenos de atuação.
A primeira – e
principal – segmentação das ciências as divide em:
Ciências
formais, que estabelecem o instrumental necessário para o procedimento das
outras ciências. Entre elas estão a matemática, a lógica e a teorética, além
das formulações teóricas sobre estatística, linguística, informações,
computação etc.
Ciências
empíricas ou factuais, que estudam os fenômenos da realidade e se subdivide
em ciências naturais e ciências sociais. As primeiras, as ciências
naturais, estudam o universo e as matérias, reunindo a astronomia, a geografia
a física, a química, a biologia etc. Já as ciências sociais se
dedicam ao estudo do comportamento do homem, quer como individuo ou como
componente da sociedade. Esse segmento inclui a antropologia, a história, a
linguística, ciências políticas, geografia humana, comunicação, psicologia,
sociologia, economia etc.
Outro tipo de
classificação leva em conta a motivação dos estudos de cada uma das ciências e
as divide em:
Ciências Puras (Fundamentais;
Básica), que têm por objetivo tão somente a fundamentação do saber, o “saber
pelo conhecimento”. Buscam compreender os elementos da natureza e suas leis.
Elas se desenvolvem nos laboratórios e nos campos da pesquisa.
Ciências
Aplicadas, que estudam as maneiras possíveis para aplicar o conhecimento obtido
pelas ciências puras, em beneficiar o homem. Seu campo de ação é a prática
utilitária, o desenvolvimento tecnológico.
Esse último
tipo de enquadramento das ciências vem sendo bastante contestado, visto que a
linha que separa os dois segmentos é bastante tênue e esgarçada. Essa é uma
afirmação de Freire-Maia (1992):
Antigamente,
chamava-se de ciência pura a que não tivesse preocupações e nem possibilidades
previsíveis de aplicação (por exemplo, sistemática de abelhas, comportamento
sexual de drosófilas [vi], astronomia lunar,
etc.). Por outro lado, ciência aplicada era a que diretamente se voltava para a
solução de problemas práticos e, como tal, apresentava uma perspectiva
próxima de aplicação (por exemplo, a química das sulfas ou dos antibióticos, a
física dos meios de propulsão, a tecnologia da extração de minérios
radioativos, etc.). Hoje, a ciência é vista por outro ângulo. Como várias
pesquisas da antiga “ciência pura” acabaram tendo aplicação e outras tantas da
chamada “ciência aplicada” terminaram não produzindo os frutos esperados,
prefere-se, em geral, dizer ciência básica e aplicações da ciência […]. Não
há, pois, dois tipos de ciência – um “puro” e outro “aplicado”. O que
há é ciência e aplicações da ciência. O que há pesquisa básica (que pode
gerar aplicações) e a pesquisa tecnológica (que diretamente visa a essas
aplicações).
Por sua vez,
Pierre Thuillier (1975) argumenta que:
Se puede, no
obstante, distinguir dos maneras de utilizar la investigación fundamental:
“después”, tratando de encontrar una aplicación a un descubrimiento ya hecho, u
“organizando sistemáticamente” las investigaciones con la intención de resolver
un problema preciso (o tanteando posibilidadesentrevistas vagamente). Esta
segunda categoría ha tomado un cierto auge. Las relaciones que existen entre
algunas investigaciones “fundamentales” y las objetivos militares están
descritas, a veces, con una gran precisión en los documentos oficiales. En
1961, un texto indicaba metódicamente, en varias columnas, los problemas que
justificaban las investigaciones emprendidas y las resultados que se esperaban.
De esta forma, la “investigación fundamental sobre los rayos infrarrojos” debe
permitir conocer mejor las “emisiones infrarrojas de los reactores de los
aviones”, lo que debe desembocar en un “detectar de infrarrojos destinado
a un misil” [vii].
Por mais que
se dividam em grupos e classes, as ciências sempre são multidisciplinares e
interdependentes entre si. O desenvolvimento de qualquer uma delas implica no
uso de ferramentais desenvolvidos por outras. Essa é uma das essências do modo
de se fazer ciência.
Referências:
[i] Besta,
balestra ou balesta é um arco de flechas acoplado horizontalmente a um suporte
de madeira, o que lhe dá a aparencia de uma espingarda. É acionado por um pino
ou gatilho.
[ii] Metempírica: que
está além dos limites da experiência possível.
[iii] Os historiadores
dividem a Idade Média em dois granes períodos: A Alta Idade
Média(ou Antiguidade Tardia), que vai do século V ao X, e a Baixa Idade
Média, que vai do século XI ao século XV. Por sua vez, a Baixa Idade Média é
subdividida em dois outros períodos: Idade Média Plena, compreendendo o tempo
que vai do século XI ao XII, e a Idade Média Tardia, que engloba os séculos XIV
e XV.
[iv] O Renascimento (ou Renascença) foi
um período de transformações da vida cultural da Europa, que vai,
aproximadamente, do fim do século XIII até meados do século XVIII, marcado pela
redescoberta da cultura da Antiguidade clássica.
[v] Iluminismo (ou Era
da Razão) foi um movimento intelectual europeu do século XVIII, que defendia o
primado da razão, sobre o poder do Estado e das religiões.
[vi] Drosófila é
a designação de alguns insetos, inclusive as moscas das frutas.
[vii] Tradução
livre: É possível, no entanto, distinguir duas formas de utilizar a
pesquisa fundamental: “depois” de tentar encontrar uma aplicação para uma
descoberta já feita, ou “organizando sistematicamente” as pesquisa com a
intenção de resolver um problema já determinado (ou sondando possibilidades
entrevistas vagamente). Esta segunda categoria tem tido uma predominancia. As
relações que existem entre algums pesquisa “fundamental” e objetivos militares
são descritos, por vezes, com grande precisão nos documentos oficiais. Em 1961,
um texto indicava metodicamente, em várias colunas, os problemas que justificam
a pesquisa realizada e os resultados esperados. Assim, a “investigação
fundamental sobre os raios infravermelhos” deve permitir uma melhor compreensão
das “emissões de infravermelho dos reatores dos aviões a jato”, o que deve
levar a um “detector de infravermelhos destinados a um míssil”.
TOMISLAV
FEMENICK
Tomislav R.
Femenick
Mestre em
Economia, pela PUC-SP, com extensão de Sociologia e História; pós-graduado em
Economia Aplicada para Executivos, pela FGV-SP e bacharel em Ciências
Contábeis, pela Universidade Cidade de São Paulo.
É sócio e
diretor principal da Femenick & Associados Auditoria e Consultoria S/C
Ltda, empresa nacional de auditoria, perícia e consultoria, fundada em 1987 e
foi diretor adjunto (assistente da diretoria) da Soteconti Auditores, Campiglia
& Cia e da Revisora Nacional/Deloit, empresas nacionais de auditoria. Foi
sócio e diretor da Technoway, empresa de organização de eventos e editora;
diretor superintendente das Empresas Mayrton Monteleone, revendedoras Mercedes
Bens e Massey Fergunson, em São Paulo e Goiás; gerente de divisão do Banco
Geral do Comércio S/A; diretor adjunto da Cia. Real Brasileira de Seguros;
assistente da diretoria do Banco Cidade S/A; titular do Serpes Serviço de
Promoções e Pesquisas, de Mossoró-RN, empresa jornalística, instituto de
pesquisas e de elaboração de projetos econômicos, além de funcionário do Banco
do Nordeste do Brasil S/A.
Na capital
paulista foi professor titular dos Centros Universitários UNIBERO, UNIFMU,
FIAM-FAAM e Belas Artes, nas áreas de Economia, Contabilidade, Administração,
Câmbio, Comércio Exterior, Finanças, Orçamentos, Mercado de Capitais, Custos,
Auditoria e Perícia Contábil, além de Coordenador Acadêmico do curso de
Hotelaria, do UNIFMU, e orientador de Estágios e Monografias, do UNIBERO. Foi
professor visitante na PUC-SP, UNICID, Faculdades Paulo Eiró e Faculdade Santa
Rita de Cássia. Atualmente é professor da FACEN-Faculdade de Ciências
Empresariais e Estudos Costeiros de Natal e da Faculdade União Americana e
professor visitante da UnP-Universidade Potiguar e da FAL-Faculdade de Natal.
É escritor,
com mais de 40 obras publicadas, entre livros e monografias. Como jornalista,
atuou em vários jornais do país. Atualmente é colaborador dos jornais Tribuna
do Norte e O Jornal de Hoje, de Natal, e da Gazeta do Oeste e de O Mossoroense,
de Mossoró – RN.
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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