Por Fernando Pontes
Padre Cícero,
Floro Bartolomeu e Lideranças de Juazeiro
Uma das
figuras centrais de muitos dos episódios ocorridos em Juazeiro do Norte entre
idos de 1910 até 1926 foi sem dúvidas o médico baiano Floro Bartolomeu da
Costa.
Natural de
Salvador, Bahia, nasceu em 17 de agosto de 1876. Formado em medicina, atuou por
algum tempo pelo interior baiano, se transferindo em 1908 para o Ceará. O
motivo principal foi a atração pelas riquezas das Minas do Coxa no município de
Aurora, entretanto, acabaria indo fixar residência na Meca cearense quando
estabeleceu uma farmácia e atendia a população.
Aproximou-se
do Padre Cícero e logo angariou sua mais estreita confiança, tornando-se seu
“mentor” ou “iminência parda” nas questões políticas. Foi sem dúvidas o grande
responsável pelo ingresso do sacerdote na vida político-partidária. Unindo seu
talento nato para a política com a liderança e carisma de Padre Cícero iria se
tornar uma das mais destacadas figuras do cenário nordestino daquela época.
Acabou eleito deputado estadual e federal, sendo ainda o braço direito do santo
padre por ocasião de sua ascensão à prefeitura de Juazeiro do Norte.
Foi figura
fundamental nos episódios da Sedição de Juazeiro, da prisão do beato José
Lourenço e dos Batalhões Patrióticos; criados para combater a Coluna Prestes;
quando a ele foi atribuída a ideai de trazer Virgolino Ferreira a Juazeiro e
ali receber a polêmica "patente" de Capitão, desses mesmos batalhões
patrióticos. Viria a falecer, vítima de angina, no Rio de Janeiro em 8 de Março
de 1926, curiosamente na mesma época em que Lampião visitava Juazeiro para se
incorporar ás forças do governo. Dr. Floro pelos “relevantes” serviços
prestados ao governo federal acabaria sendo enterrado com honras de general do
exército.
Fernando
Pontes
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