Por Geraldo Júnior
No dia 13 de
junho de 1927, após quatro dias em solo potiguar, Lampião e seu bando bate à
porta de Mossoró/RN. Lampião envia um ultimato para o então Intendente de
Mossoró/RN, Rodolfo Fernandez, que em resposta nega o pagamento da quantia de
400:000$000 (Quatrocentos Contos de Réis) exigida e avisa estar preparado para
um eventual ataque cangaceiro contra a cidade.
Ao final da
tarde do dia 13 de junho de 1927, Lampião e seu bando segue em direção à
cidade. Os defensores da cidade se posicionam e esperam o momento exato para
dar início ao combate.
Uma chuva
passageira se inicia nesse momento aumentando ainda mais o clima de terror,
apreensão e incertezas.
Os cangaceiros
fazem o cerco à cidade e logo o primeiro ataque cangaceiro tem início. O
cangaceiro Colchete desprovido de medo e em uma atitude ousada tenta atirar uma
garrafa com gasolina (Coquetel Molotov) contra uma das trincheiras feita com
fardos de algodão próximas à casa do Prefeito Rodolfo Fernandez, sendo
imediatamente alvejado por um tiro que atingiu sua cabeça causando morte
imediata. Jararaca II (José Leite de Santana) que vinha logo atrás tenta
despojar o companheiro abatido, sendo atingido no peito, caindo sob o
companheiro em forma de cruz. Pouco tempo depois Jararaca recobra a consciência
e tenta fuga do local, onde novamente é baleado, dessa vez na perna, consegue
fugir do local, mas é preso no dia seguinte e executado poucos dias depois.
Sabino das Abóboras tem o seu chapéu "arrancado" da cabeça por um
tiro. Menino de Ouro é ferido durante o confronto.
A derrota
cangaceira é iminente e inevitável. Sabino das Abóboras, cangaceiro de larga
experiência e um dos líderes do ataque saca sua pistola e dispara quatro tiros
para o alto dando a ordem de debandada para o bando.
Era o fim.
Mossoró
conquista a vitória sobre a hoste cangaceira.
Lampião sai
derrotado. Levando na bagagem e em seu currículo cangaceiro a maior derrota de
toda sua vida.
Diante da
ousadia do ataque os governos a partir de então intensificam a caçada ao seu
bando. Em agosto do ano seguinte (1928) Lampião e um pequeno grupo de homens
atravessaria o Rio São Francisco rumo à Bahia, onde arregimentaria novos
integrantes para recompor seu bando e recomeçar uma nova fase de sangue,
saques, mortes e destruições.
Mais essa já é
uma outra história.
Geraldo
Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)
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