Clerisvaldo B.
Chagas, 12 de junho de 2017 - Escritor
Símbolo do Sertão Alagoano - Crônica 1.681
Como nós, os rios também têm juventude, maturidade e velhice. Isso depende muito do clima onde ele se situa, relevo e tipos de rochas por onde escorrem essas águas. Denominamos a essa parte “ciclo de um rio”.
O
geógrafo B. Chagas explica à TV Gazeta sobre o canhão formado pelo
Ipanema.
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Essas etapas
de vida, porém, não apresentam período de tempo bem limitado.
A juventude de
um rio é uma fase caracterizada pela erosão vertical quando existe a formação
inequívoca de vale. Nessa fase, o rio vai procurando escavar o leito, fazendo
seu trabalho intenso de erosão. Pode-se dizer que o rio procura buscar
violentamente o seu ponto de equilíbrio.
Na observação
vê-se um rio em forma de garganta, terreno bastante abrupto.
A
maturidade é uma fase em que o rio pratica sua erosão horizontal. Vai-se
alargando em ambos os lados, formando meandros e planícies aluviais. Existe
nessa fase um perfil de equilíbrio. Nesse caso, a rede hidrográfica já se
encontra perfeitamente definida, podendo-se distinguir perfeitamente o rio
principal dos seus afluentes e subafluentes.
A
velhice de um rio mostra no geral a formação de lagoas em forma de
ferradura. Nessa fase, as planícies aluviais já se encontram muito
enlarguecidas. O rio, então passa a correr lentamente pela planície e os seus
meandros tornam-se exagerados.
Os rios velhos
e que têm lentidão de suas águas, deixam de realizar um trabalho de erosão
intensa e de transporte. Assim os sedimentos se depositam em ambos os lados
formando essas lagoas também chamadas de diques naturais.
Todavia, caso
o volume da água aumente, o rio poderá quebrar os cordões de isolamento que
causaram o fenômeno.
Assim podemos
sentir a alma dos rios cujos corpos vão se assemelhando aos nossos. Não faltam
motivos, então, para haver mais pesquisas misturadas à sensibilidade, ao amor à
Natureza que durante milhões e milhões de anos preparou a vida para nós.
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