Por Geziel Moura
D. Maria viveu
além do seu tempo...Não farei juízo de valor sobra as escolhas dela, não tenho
propriedade para isto, mas é possível flagrar, por intermédio de seus diversos
biógrafos, que ela rompeu com uma sociedade, patriarcal e machista, no final da
década de 1920.
Nesta direção,
parece-me que o lugar ocupado pelas mulheres, estavam na maternidade e cuidar
do seu companheiro, condição que não acalentou a alma de Maria de Déia.
Provavelmente, ela viu em Virgolino não apenas a figura que se apaixonou,
mas talvez o vetor para sua liberdade.
A pergunta que
fica é: Será que o movimento de emancipação feminina ocorrida em 1922, no
Brasil, reverberou de alguma forma no sertão baiano? O certo é que Maria
Bonita, produziu rupturas no cangaço de Lampião, favorecendo a produção de
outro cangaço, sem participar de nenhum combate efetivamente, sendo que sua
morte foi um erro, não havia processo judicial, nem acusações sobre ela, foi
alvejada pelas costas, portanto.
Aproveito para
compartilhar excelente publicação, do suplemento do Jornal A Tarde (Muito) de
07.03.2010, sobre a companheira de Lampião, que faria naquela ocasião, caso viva
fosse, 99 anos de idade. Boa leitura
Vera Ferreira (neta)e Expedita Ferreira filha neta e filha do casal de cangaceiros Lampião e Maria Bonita
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