Por José Mendes Pereira
Estas mulheres viveram o terror nas caatingas do Nordeste Brasileiro, mas na minha opinião, entraram para o cangaço por expontânea vontade. Moça jovem quando se apaixona não importa o que virá´pela frente. Nada a contrariar o que os escritores e pesquisadores já disseram. É apenas a minha humilde opinião.
A suçuarana Dadá acusou o seu companheiro Corisco de ter sido ele o responsável pela sua entrada no cangaço, e disse mais ainda que, posteriormente foi que se apaixonou por ele. Ela já estava apaixonada desde que o viu. Rapaz metido a galã e ela não resistiu aos seus encantos, muito embora sujo, imundo, fedorento, mas mesmo assim, o quis para ser seu companheiro.
A Sila fez o mesmo, disse que o cangaceiro Zé Sereno a obrigou participar do desastroso movimento social dos cangaceiros, levando-a à força para o mundo do crime. Mas ela deveria ter fugido quando ele a peseguiu, e isso ela não fez. Tempo teve, pois ela mesma disse que ao meio dia foi deixar almoço para os cangaceiros no seu coito. Já que o Zé Sereno estava a perseguindo por que continuou no meio deles? E ao anoitecer, dançou com o facínora quase a noite toda, e ela com certeza, já sabia a sua intenção, que era levá-la consigo. Durante a festa, por que a Sila não fugiu de lá e foi se refugiar em uma casa qualquer de parentes, amigas ou aderentes? O certo é que ela já estava decidida: acompanhar o Zé Sereno para onde fosse.
Dona Dulce Menezes que eu muito a respeito, também reclama disso, de ter perdido a sua juventude no meio daqueles perversos homens, por que foi raptada pelo cangaceiro Criança, e a levou para o mundo do cangaço.
Opinar com respeito não quer dizer que está duvidando do que já foi escrito. E não prejudica a quem pesquisou e continua pesquisando nas caatingas e nos serrados. Afinal, os escritores e pesquisadores não inventaram nada, apenas registraram o que os seus depoentes disseram.
Não tem nenhum valor para a literatura lampiônica.
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