Por Clerisvaldo B.
Chagas, 15 de julho de 2016 - Crônica 1.548
Acertando o
número embaralhado das crônicas, vamos deixando a capital rumo ao Sertão. O dia
em Maceió amanheceu frio e chuvoso lembrando aquele cheirinho de terra molhada
das fazendas sertanejas. O bem-te-vi urbano saudou a manhã e a nossa partida a
Santana do Ipanema.
PESQUISADORA
GIRLENE M ONTEIRO E PROCÓPIO. Foto (Clerisvaldo).
Infelizmente,
a mania concentradora do homem virou cultura. Tudo tem que ser em Maceió.
Documentação, saúde, comunicações, encaminhamentos gerais. Cumpridas algumas
etapas, conversamos também com o senhor Procópio, inúmeras vezes presidente da
AVTA – Associação de Violeiros e Trovadores de Alagoas – no Museu Palácio
Floriano Peixoto. Vamos arrebanhando e tangendo os ventos culturais pelos
caminhos que se descortinam. Mesmo assim estamos conduzindo ideias para mais
uma fundação idealista e prática no Sertão.
A festa da
Padroeira Senhora Santana, vai iniciar, comadre! Bafejada pelo inverno
vacilante e os ventos mais frios do mês de julho, a cidade externa a alegria do
encontro divino. Aí sim, vamos ver e escutar outros bem-te-vis que representam as
caatingas, os serrotes, os rios intermitentes, os balanços de quipás, facheiros
e mandacarus. É tempo de ouvir zumbidos de abelhas, concentração de nuvens e
beber o orvalho nas folhas novas da laranjeira.
Agora vamos
para outra etapa. Para as planuras de Canapi, os vales de Mata Grande, o São
Francisco de Piranhas e as palmeiras ouricuri de Delmiro Gouveia. Vamos para o
lajeado de Ouro Branco, ao bicho preguiça de Maravilha e ao sol escaldante de
Pão de Açúcar. O sertão inteiro nos aguarda para a última inspeção da “Repensando
a Geografia de Alagoas”. À disposição: automóveis, motocicletas, vans, cavalos
e pernas. Longas pernas compridas para as trilhas escondidas da caatinga. Vamos!...
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