Amigos (as),
membros do grupo “o cangaço” tendo em vista as informações distorcidas sobre o
exato local da morte de Benjamin Abrahão Botto, antigo secretário do padre Cicero
e autor das fotos e filmagens de Lampião e sua gente, quero aqui deixar claro
que Benjamin Abrahão foi morto em uma localidade chamada Pau Ferro que
atualmente é a cidade pernambucana de Itaíba.
Benjamin
Abrahão foi morto no dia 07 de maio de 1938 quando saia de um bar em direção a
pensão onde estava hospedado, nesse intervalo o gerador que fornece energia
para a localidade deixou de funcionar e nesse momento Benjamin Abrahão foi
atacado e esfaqueado com 42 facadas, seus gritos ecoaram pelo lugarejo. Ao
amanhecer do dia o corpo do aventureiro é encontrado dentro da casa de um deficiente
físico conhecido como Zé de Rita que, segundo consta, a sua esposa estaria
sendo assediada por ele. Um crime cheio de mistérios que até hoje meche com a
curiosidade e a imaginação de todos (as).
Obs: Uma das
fontes sérias sobre essa informação é o livro “ENTRE ANJOS E CANGACEIROS” de
Frederico Pernambucano de Melo.
Informação constante nas páginas 271 e 272 do
referido livro.
No mapa do Estado de Pernambuco abaixo vemos destacada em vermelho a exata localização da
cidade de Itaíba (Antiga Pau Ferro).
Imagem:
Wikipédia.
Adendo - http://blogdomendesemendes.blogspot.com
Biografia de Benjamin Abraão
Benjamin
Abrahão Botto (Zahlé, Líbano, c. 1890 — Serra
Talhada, 10 de maio de 1938) foi um fotógrafo sírio-libanês-brasileiro,
responsável pelo registro iconográfico do cangaço e
de seu líder, Virgulino Ferreira da Silva – o Lampião.
Abrahão morreu assassinado durante o Estado Novo.
Embora
publicado em jornais, o pouco que se sabe da vida de Benjamim Abraão vem de
fontes mescladas entre a mídia historiográfica e os meios de subsistência do
ambiente nordestino, fatos que não se encaixam com a realidade profissional de
um secretário, bem como de expert operador de equipamentos de filmagem, muito
avançados para a época.
A fim de fugir
à convocação obrigatória pelo Império Otomano de lutar durante a Primeira Guerra Mundial, migrou para o
Brasil em 1915.[1]
Foi
comerciante (mascate)
de tecidos e miudezas, além de produtos típicos nordestinos, primeiro em Recife, depois
para Juazeiro do Norte, com dois burros (Assanhado e
Buril) e um cavalo (de nome Sultão), atraído pela grande frequência de romeiros[2]
Abrahão foi
secretário do Padre Cícero, e conheceu o cangaceiro Lampião em 1926, quando este foi
até Juazeiro do Norte a fim de receber a bênção
do célebre vigário e a patente de capitão, para auxiliar na perseguição da Coluna
Prestes,[3] uma
vez que não se encontrou com Lampião em 1924, quando de outra
de sua visita à cidade, apesar de lá se encontrar.[4] A
nomeação fora feita, a mando do padre, pelo funcionário federal Pedro de
Albuquerque Uchoa, segundo uma autorização dada ao deputado Floro
Bartolomeu pelo próprio presidente Artur
Bernardes - ordem que em nada adiantou, pois não foi respeitada nos
demais estados, resultando que Lampião e seu bando jamais efetuaram perseguição
a Prestes.[5] Em 1929 Abrahão
fotografou o líder cangaceiro ao lado do padre[6]
Após a morte
de Padre Cícero, Abrahão solicitou e obteve do "Rei do Cangaço" a
permissão para acompanhar o bando na caatinga e
realizar as imagens que o imortalizaram. Para tanto teve a parceria do cearense Ademar Bezerra de Albuquerque, dono
da ABAFILM que,
além de emprestar os equipamentos, ensinou o fotógrafo seu uso. Por ao menos
duas ocasiões esteve junto ao bando de Lampião, realizando seu mister.[3]
Abrahão teve
seus trabalhos apreendidos pela ditadura de Getúlio
Vargas, que nele viu um antagonista do regime. Guardada pela família de
libaneses Elihimas, em Pernambuco, a película foi analisada pelo Departamento de Imprensa e
Propaganda(DIP), um órgão de censura.
Morreu
esfaqueado (quarenta e duas facadas[4]),
sem que o crime jamais viesse a ser esclarecido, tanto na autoria como na
motivação, donde se especula ter sido mais uma das mortes arquitetadas pelo
sistema,[3] como
outras ocorridas em situação análoga, a exemplo de Horácio de Matos (embora exista a versão de
que o fotógrafo sírio-libanês teria sido alvo de roubo, por algum ladrão,
apesar de com este nada de valor haver[2]).
Geraldo
Antônio de Souza Júnior (Administrador do Grupo)
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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