Por Zé
Ronaldo
Panela
jarro e azol,
Petisqueiro e lamparina,
Cabaça e um urinol,
Deposito para a urina,
Leite de Rosas e o pó,
Aumentava a nossa estima.
Petisqueiro e lamparina,
Cabaça e um urinol,
Deposito para a urina,
Leite de Rosas e o pó,
Aumentava a nossa estima.
Uma
cela de cavalo,
Espingarda na parede,
Do chicote o estalo ,
E o balanço de uma rede,
O sino com o seu badalo,
Um pote matando a sede.
Espingarda na parede,
Do chicote o estalo ,
E o balanço de uma rede,
O sino com o seu badalo,
Um pote matando a sede.
Uma
cadela magrela,
Um jumento no oitão,
Uma dor na espinhela,
Peixe farinha e feijão,
A donzela na janela,
Dando vivas a São João.
Um jumento no oitão,
Uma dor na espinhela,
Peixe farinha e feijão,
A donzela na janela,
Dando vivas a São João.
Um
fogão movido a lenha,
Em cima uma cuscuzeira,
Uma velha chamada Penha,
No oficio de costureira,
Os meninos na resenha,
Do tiro da baleira .
Em cima uma cuscuzeira,
Uma velha chamada Penha,
No oficio de costureira,
Os meninos na resenha,
Do tiro da baleira .
De
palha uma latada,
Dando sombra na cozinha,
Uma porca na lapada,
Brincadeira do advinha,
Uma broa com cocada,
E uma prosa com a vizinha.
Dando sombra na cozinha,
Uma porca na lapada,
Brincadeira do advinha,
Uma broa com cocada,
E uma prosa com a vizinha.
O
cantar de um uma sabiá,
Na copa de uma oiticica,
Galinhas pintos e preá,
Pamonha cravo e canjica,
Buchada com mungunzá,
Na casa de tia Chica.
Na copa de uma oiticica,
Galinhas pintos e preá,
Pamonha cravo e canjica,
Buchada com mungunzá,
Na casa de tia Chica.
Um
banho num bom riacho,
A correnteza a banhar,
De bananas tirar o cacho,
Fugir da mãe pra não apanhar,
Nordestino é cabra macho,
Cuidado quando falar.
A correnteza a banhar,
De bananas tirar o cacho,
Fugir da mãe pra não apanhar,
Nordestino é cabra macho,
Cuidado quando falar.
Guarde
sua descriminação,
Sua forma intelectual,
Seu estudo sem noção,
Teorias eu meto o pau,
Eu não troco o meu sertão,
Por nenhuma capital.
Sua forma intelectual,
Seu estudo sem noção,
Teorias eu meto o pau,
Eu não troco o meu sertão,
Por nenhuma capital.
A
capital eu respeito,
Seu falar e sua vivência,
Sua fama e seu conceito,
Sua cultura e crenças,
Sou forte e bato no peito,
Sou a voz da experiência.
Seu falar e sua vivência,
Sua fama e seu conceito,
Sua cultura e crenças,
Sou forte e bato no peito,
Sou a voz da experiência.
SOU
SERTANEJO COM ORGULHO !
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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