Por Agaciel Lima
https://www.youtube.com/watch? v=-JVm38UvxTg
Todo o movimento cultural começa pela ideia da criação de uma Biblioteca Pública Municipal sugerida pelo professor Vingt-un Rosado como parte integrante de um programa de campanha política, do candidato ao governo municipal seu irmão Dix-sept Rosado, nos idos de 1948.
Eleito prefeito municipal da cidade de Mossoró, Dix-sept Rosado cumpre com o compromisso assumido na campanha eleitoral e cria após cinco dias de empossado, mediante o Decreto Executivo de n º 04, em 05 de abril de 1948 a Biblioteca Pública Municipal de Mossoró, com 1.138 obras em 2.131 volumes, elevando esse número para 10.181 volumes, em 1956, além de 2.166 folhetos e 2.523 periódicos. De primeiro de outubro de 1948 a 23 de setembro de 1949 foram emprestados 4.950 livros. Essa construção foi considerada como o feito iniciador de um maior programa cultural acontecido numa administração pública, para a época.
Criada mediante ato oficial, começa o processo de estruturação e organização da Biblioteca incluindo-se pessoal e implementos, cujos encargos passam a ser de responsabilidade de uma comissão nomeada pelo então prefeito. Os nomeados assumiram seus encargos competindo a cada um, de acordo com suas habilidades, as tarefas requeridas para a devida organização e estruturação da biblioteca.
Além dos encargos de redação de ofícios, da classificação e catalogação de títulos, de estudos e consultas pelos membros da comissão sobre o assunto biblioteconomia, outras providências foram sendo tomadas como a solicitação do registro da Biblioteca Pública no Instituto Nacional do Livro (INL), aquisição de títulos para compor o acervo cultural, aquisição de equipamentos e mobiliários necessários ao uso (mesas, birôs, estantes), e a conquista da liberação de uma sala no antigo Clube Ipiranga, para o seu real funcionamento.
O empenho de Dix-huit Rosado junto à pessoas da capital chegou a arrecadar cerca de aproximadamente 2 mil volumes.
Com vistas à sua implementação várias campanhas para a doação de livros foram encetadas, destacando-se na época, conforme citam os registros, o empenho de Dix-huit Rosado junto à pessoas da capital, chegando a arrecadar cerca de aproximadamente 2 mil volumes, merecendo também destaque Rafael Bruno Fernandes de Negreiros que enviando ofícios circulares por todo o Brasil, consegue resultados exitosos.
A dinâmica da vida da Biblioteca começa a eclodir através da confecção de boletins, mediante a participação de vários voluntários, sendo numerados por assuntos específicos, como por exemplo, os registros de todas as atividades culturais exercidas no programa do governo municipal de Dix-sept Rosado e continuadas pelo governo municipal do Prefeito Vingt Rosado.
Ao assumir o governo do Estado do Rio Grande do Norte o então governador Dix-sept Rosado continua a se comprometer com a impressão do Boletim pela Imprensa Oficial, sendo o de número 31 a ser o primeiro impresso. Cabia à Prefeitura Municipal a colaboração com a doação de papel, já que a impressão era gratuita.
Na formatação e impressão dos Boletins, de início, houve uma variação de órgãos que se responsabilizavam por sua tiragem, sendo alguns feitos tanto pela Imprensa Oficial (dos números. 37 a 40), sendo outros custeados pela Prefeitura Municipal de Mossoró (dos números 41 a 100).
Outros documentos passam a surgir como os folhetos avulsos, sendo alguns custeados pelos próprios autores, outros pela Prefeitura, além dos livros de autoria de diversos autores como: José Otávio, Luís da Câmara Cascudo, Raimundo Nonato da Silva, José Martins de Vasconcelos, editados à base de colaboradores com dinheiro, com o apoio da Imprensa Oficial, da Prefeitura Municipal através da doação de papéis, dinheiro, responsabilizando-se pela maioria das publicações.
COMEÇA O TEMPO DE PENSAR A “COLEÇÃO MOSSOROENSE”
Com a estruturação de um acervo bibliográfico composto de títulos, boletins, periódicos, cordel, a “Coleção Mossoroense” se institui nos abissais do âmago de uma Biblioteca Pública que passava a parir os seus rebentos, começando a dar uma forma mais enfática ao movimento da “Batalha pela Cultura”. Visando uma melhor performance do controle na sua organização a “Coleção Mossoroense” sistematiza-se mediante uma divisão definida por séries, entre: Série “A”, “B” e “C”, até 1956, além dos trabalhos avulsos sobre o “Padre Longino”, “Lampião” (de autoria de Veríssimo de Melo) e “Centenário do Município” (de autoria de Raimundo Nonato).
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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