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segunda-feira, 17 de abril de 2017

O RETRATO DE DORIAN GRAY, EM CORDEL.

 Por Stélio Torquato Lima

O poeta Stélio Torquato Lima adaptou para a literatura de cordel mais uma obra prima da literatura universal. O Retrato de Dorian Gray, em cordel, narrativa poética com 93 estrofes de sete versos, é o sexto folheto da coleção "Obras Primas em Cordel", volume 01, editado pela Cordelaria Flor da Serra, com lançamento previsto para abril, na Bienal do Livro do Ceará. A ilustração de capa é de autoria de Cayman Moreira. Essa obra, escrita por Oscar Wilde, foi publicada originalmente em 1890, no Lippincott's Monthly Magazine. Um ano depois, o autor lançou uma edição revisada, alterada e ampliada. A narrativa, considerada pelos críticos como uma obra-prima da literatura inglesa, trata da arte, da vaidade e das manipulações humanas. Apresentando várias críticas à cultura vitoriana, o livro causou imediata polêmica em relação ao seu conteúdo homoerótico, tendo sido citado pelos acusadores do autor quanto este foi julgado por práticas homossexuais. Entre as versões cinematográficas da obra, está o filme de 2009, dirigido por Oliver Parker e protagonizado por Bem Barnes. Confira e os versos inicias da Obra de Stélio Torquarto:
Foi o mito de Narciso
Habilmente visitado
Pelo irlandês Oscar Wilde, 
No romance intitulado
Retrato de Dorian Gray,
Que eu aqui recontarei,
Queira Deus, pra seu agrado.

O cenário inaugural
É o estúdio de um pintor.
O nome dele era Basil,
E ele fora o criador
De magnífica tela,
No qual uma figura bela
Se exibia com fulgor. 

Num cavalete instalado,
O quadro, ainda incompleto,
Mostrava um jovem bonito
E de olhar circunspeto.
Além de tinta e esquadro,
Usara Basil em seu quadro
O imenso poder do afeto.

Lorde Henry, um amigo
Que o estúdio visitava,
Com a beleza do retrato
Bastante se impressionava.
Quis conhecer, aliás,
O jovem e belo rapaz
Que para a tela posava.

A identidade do jovem
Queria Basil ocultar.
No entanto, a desatenção
O levou a revelar
Ao amigo de renome
Que Dorian Gray era o nome
De quem estava a retratar.

“Oh! Que boca grande a minha:
Sem querer, foi-se o segredo.
Não o queria revelar
Porque tenho muito medo
Que a sua inconsequência
Venha a ser má influência
Sobre ele, tarde ou cedo.”

O receio que o pintor
Naquele instante mostrava
Nascia do simples fato
De que Henry alimentava
Um verdadeiro fascínio 
De exercer amplo domínio
Sobre quem o rodeava.

Por esse motivo, Basil
Disse que nada diria
A respeito do rapaz
Que no quadro se exibia.
Mas, pra sua frustração,
Dorian Gray, em seu portão,
Naquele instante, batia.

O rapaz ali chegava
Com o fim de que o retrato
Viesse a ser concluído
De modo imediato.
Posar pro quadro, aliás,
Considerava o rapaz
Um negócio muito chato.

Com a formosura de Dorian
Ficou Henry extasiado,
O qual, sem perder a chance,
Falou com o recém-chegado.
Usando um tom muito ameno,
Preparava ele o terreno
Pra se chegar ao citado.

Para ler a obra completa, faça seu pedido pela página Cordelaria ou pelo E-mail cordelariaflordaserra@gmail.com ou ainda pelo WhatsApp (085) 9 99569091.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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