Por Jerdivan Nóbrega de Araújo
Na foto,
solenidade da inauguração do trecho ferroviário Pombal a Patos, cuja primeira
viagem ocorreu no dia 26 de janeiro de 1944. Na solenidade o médico Dr. Janduhy
Carneiro representou o interventor Governador Ruy Carneiro.
Por muito
tempo eu morei em uma residência de fronte a linha ferroviária e a “Estação de
Trem”, em Pombal. Do lado esquerdo da nossa residência tínhamos a fábrica da
SANBRA( Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro), cuja produção era
distribuída para os Portos do Nordeste através da linha Férrea. A estação de
Pombal foi inaugurada em 1932 pela Rede de Viação Cearense, como ponta de linha
do primeiro prolongamento do ramal da Paraíba. Em 1958, a Rede Ferroviária do
Nordeste terminou e entregou a ligação ferroviária entre as estações de Patos,
então já a ponta de linha no ramal da Paraíba desde 1944.
Até meados da
década de 1970 o movimento de trem era frenético: o trem cargueiro e os trens
de transportes de passageiros faziam parte da rotina e da economia de Pombal.
De repente
tudo isso desapareceu, e a nossa malha ferroviária se transformou em uma
milionária sucata cortando os nossos sertões.
Enquanto a
rede ferroviária norte americana, a mais extensa do mundo, cobre 226,612 mil
quilômetros, o transporte ferroviário no Brasil minguou para uma pífia rede de
30.129 quilômetros de extensão.
Juscelino
kubitschek sucateou o transporte ferroviário para priorizar a indústria
automobilística. A ditadura militar seguiu com a mesma política de
sucateamento. O governo FHC acabou de vez com as nossas ferrovias.
Jerdivan
Nóbrega de Araújo
Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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