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segunda-feira, 17 de abril de 2017

POMBAL NO TEMPO DO TREM.

 Por Jerdivan Nóbrega de Araújo

Na foto, solenidade da inauguração do trecho ferroviário Pombal a Patos, cuja primeira viagem ocorreu no dia 26 de janeiro de 1944. Na solenidade o médico Dr. Janduhy Carneiro representou o interventor Governador Ruy Carneiro.

Por muito tempo eu morei em uma residência de fronte a linha ferroviária e a “Estação de Trem”, em Pombal. Do lado esquerdo da nossa residência tínhamos a fábrica da SANBRA( Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro), cuja produção era distribuída para os Portos do Nordeste através da linha Férrea. A estação de Pombal foi inaugurada em 1932 pela Rede de Viação Cearense, como ponta de linha do primeiro prolongamento do ramal da Paraíba. Em 1958, a Rede Ferroviária do Nordeste terminou e entregou a ligação ferroviária entre as estações de Patos, então já a ponta de linha no ramal da Paraíba desde 1944.

Até meados da década de 1970 o movimento de trem era frenético: o trem cargueiro e os trens de transportes de passageiros faziam parte da rotina e da economia de Pombal.

De repente tudo isso desapareceu, e a nossa malha ferroviária se transformou em uma milionária sucata cortando os nossos sertões.

Enquanto a rede ferroviária norte americana, a mais extensa do mundo, cobre 226,612 mil quilômetros, o transporte ferroviário no Brasil minguou para uma pífia rede de 30.129 quilômetros de extensão.

Juscelino kubitschek sucateou o transporte ferroviário para priorizar a indústria automobilística. A ditadura militar seguiu com a mesma política de sucateamento. O governo FHC acabou de vez com as nossas ferrovias.

Jerdivan Nóbrega de Araújo


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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