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quinta-feira, 27 de julho de 2017

A JUREMA É PRA CARVÃO

Por Poetisa Dalinha Catunda

A JUREMA É PRA CARVÃO
*
Não me ofereça estaca
Que não tenho precisão
Quando comprei meu roçado
Eu cerquei foi com mourão
E pra você não pular
Na cerca mandei plantar
Urtiga e cansanção.
*
Aqui na minha fazenda
Tem angico e imburana
Não me falta sabiá
Só não quero pé de cana
Não venha com: ora poxa!
Pois sua jurema roxa
Aqui não é soberana.
*
Para falar a verdade
E acabar a discussão
A sua jurema roxa
Só serve para carvão
Eu não tenho fogareiro
E só uso marmeleiro
É a lenha meu fogão.
*
Versos e foto de Dalinha Catunda



Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso 

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

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