Por Vilma Maciel
Todos nós
sabemos que a literatura traz consigo um elo de ligação entre o conhecimento e
a história. Desperta na alma do leitor sua sensibilidade e o gosto pela
literatura. O fazer literário galga os labirintos da criatividade. Retrata
através da fusão entre a realidade e ficção a vivência física, psicológica e
social do homem no tempo e no espaço. No nosso empenho e interesse pela
pesquisa, tanto de campo como bibliográfica encontramos muito divergência e
polêmica sobre o tema. Daí a competição, um fator que chega a ser negativo
neste campo literário. Não sou de acordo com este tipo de coisa. Discriminar os
trabalhos dos colegas. Mas também sabemos que há um limite. O tema é por demais
abrangente e requer competência e seriedade.
Ao leitor ou
pesquisador cabe saber a importância de cada obra dentro do contexto: Seja ela
documental, biográfica ou romanceada (Romance histórico), sem deixar também de
lado a importância dos cordéis e outras fontes como filmes e artes. Todo esse
universo cultural nos oferece uma contribuição imensurável. Os livros mais
antigos, muitos foram romanceados (TEM SEU VALOR HISTÓRICO) e foram escritos
por autores consagrados. Entre eles: Eduardo Barbosa, Érico de Almeida (1926)
uma narrativa emblemática.
Aurineide
Aguiar, Vilma Maciel e Manoel Severo, no Cariri Cangaço Piranhas 2014
Ranulfo Prata
(1934) LAMPIÃO- Outros fizeram apologia. Com o passar do tempo surgiram obras
enfocando uma visão política, à esquerda. O enfoque principal, o contexto de
injustiça social do sertão para justificar o cangaceirismo. Hoje sabemos que
foram vários os fatores. Assim, tais teses não apresentavam um quadro completo
de motivação e atuação do banditismo. Nesta ordem, temos os títulos: Rui
Facó e Christina Matta, Machado e muitas outros que se encaixa nessa ordem. Diversas
obras surgiram com grande competência destacando: Guerreiros do Sol, Frederico
Pernambucano de Mello, também vale lembrar do escritor americano - Billy
Jaynes, Chandler em seu Lampião- Rei dos Cangaceiros e outros.
Essa temática,
também despertou uma inspiração fértil para os pioneiros que escreveram muito
antes de todos nós o tema cangaço, entre eles: Franklin Távora, Rodolfo o
Teófilo, Ulysses de Albuquerque e outros. É importante dizer aqui que
autores contemporâneos continuam reescrevendo a história especialmente por meio
da análise de vasta documentação e novas descobertas através de coletas de
dados, e das andanças. Seria impossível listar todos autores, porém vamos
recordar de alguns nomes: Melquíades Pintos Paiva autor da Bibliografia
Comentada do Cangaço-VI e VII. Através destes livros guias nos oferecem
fundamental contribuição aos estudiosos, colecionadores da temática nordestina.
Na minha coleção consta muito títulos escolhidos no livro do Dr.
Melquíades.
Seria
impossível citar o roteiro fiel e abrangente de todos autores por isso, melhor
consultar a obra dele. Encontramos entre outros na bibliografia comentada:
Antônio Amaury Correia e Vera Ferreira. (VI) Hilário Lucete- Margébio Lucena-
Pulo Gastão- João de Sousa Lima, Luiz Bernardo Pericás, Aglae de Lima de
Oliveiras-(VI), Vilma Maciel (VII) Ângelo Osmiro Barreto - Vera Lúcia
Figueiredo- Alcino Costa, Sila, Archimedes Marques e muitas outros. João
Bezerra (COMO DEI CABO DE LAMPIÃO- 1 EDIÇÃO) Napoleão Tavares Neves e muitos,
muitos outros de excelentes autores. Procurem no guia citado: É salutar lembrar
que quando se fala em bibliografia do cangaço temos o nosso amigo o Prof.
Pereira que oferece com segurança a oportunidade para a aquisição de qualquer
título desejado.
Pode-se dizer
que apesar dessa vastidão dos títulos sobre a temática nordestina, ainda há muito
a aprender e novas interpretações surgirão. Portanto colegas respeitamos os
autores consagrados e daremos sempre boas-vindas aos novos talentos.
Vilma Maciel,
pesquisadora e escritora
Juazeiro do
Norte, Ceara
Em Março...
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