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domingo, 25 de setembro de 2016

POMBAL REVIVE CANTANDO O QUE LEANDRO SONHOU

Por Daudeth Bandeira

Como quem ouve um estalo,
Um velho nó se desmancha,
E a poesia deslancha,
Num fenomenal embalo,
Um novo canto de galo,
No espaço reboou,
Ao mundo anunciou,
Que o passado está voltando,
POMBAL REVIVE CANTANDO
O QUE LEANDRO SONHOU.

A história se renova,
Nos seus melhores capítulos,
Um vate recebe títulos,
Nas profundezas da cova,
O solo fértil comprova,
Que ele, um dia ocultou,
E o grão que ele semeou,
Graças a Deus vem brotando,
POMBAL REVIVE CANTANDO
O QUE LEANDRO SONHOU.

Leandro Gomes de Barros,
De expressões romanescas,
As estórias pitorescas,
Nos seus trabalhos bizarros,
São como flores nos jarros,
Que o tempo as fossilizou,
Mas o calcário rachou,
E o perfume está vazando,
POMBAL REVIVE CANTANDO
O QUE LEANDRO SONHOU.

Pombal lamentou chorosa,
Quando Leandro morreu,
E o cordelismo perdeu,
A joia mais preciosa,
Numa nuvem se ocultou,
Agora a nuvem passou,
Ressurge o astro brilhante,
POMBAL REVIVE CANTANDO
O QUE LEANDRO SONHOU.

Com discurso, festa e brilho,
Festival, livro e programa,
Pombal eterniza a fama,
Do seu talentoso filho,
Seus versos são como o milho,
Que a esmo se debulhou,
O passado esparramou,
E o presente está juntando,
POMBAL REVIVE CANTANDO
O QUE LEANDRO SONHOU.

Nos versos de um menestrel,
No tilintar da viola,
Na fachada de uma escola,
No rodapé de um painel,
Num folheto de cordel,
Lido por um camelô,
No intervalo de um show,
Nesses momentos é quando,
POMBAL REVIVE CANTANDO
O QUE LEANDRO SONHOU.


Enviado pelo professor, escritor, pesquisador do cangaço e gonzaguiano José Romero de Araújo Cardoso

http://blogdsomendesemendes.blogspot.com

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