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domingo, 21 de agosto de 2011

O cangaceiro Asa Branca foi trabalhador da Fazenda Duarte

Por: José Mendes Pereira

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Segundo o escritor e poeta


David de Medeiros Leite, no seu livro: "OMBUDSMAN MOSSOROENSE", publicado pela Editora "Sebo Vermelho -  Edições" - ano 2003, diz que  o cangaceiro Asa Branca,


"Antonio Luiz Tavares", que foi enterrado no Cemitério São Sebastião, em Mossoró,


no ano de 1981 (morte natural), foi trabalhador da "Fazenda Duarte",  distante 9 km de Mossoró, de propriedade de Francisco Duarte, pai do ex-prefeito de Mossoró e senador da República,

Duarte Filho

Francisco Duarte Filho, e nos dias de hoje, não mais pertence aos herdeiros, e sim, a pequenos proprietários, inclusive o meu pai (falecido em maio deste ano), Pedro Néo Pereira, e uma grande parte a "Ufersa".

"Lampião em Mossoró e o medo na Barrinha",
 do livro citado à cima, pág. 70-71.

"A vida da fazenda é carregada de histórias interessantes. Como já disse, seria necessário um trabalho melhor acurado para revê-los. No entanto, permitiu-me escolher alguns por considerá-los pitorescos. Em 1927, a história registra a peleja do bando do capitão Virgulino Ferreira e a cidade de Mossoró..."


Continua o escritor: "A nossa resistência é contada em prosa e verso. Existem vários registros de saques em fazendas que o bando fez antes e depois do ataque à nossa cidade. A Barrinha não foi atacada, mas viveu horas intensas de medo. E o fato fazia sentido na medida em que era sabido que um antigo trabalhador da fazenda, com o apelido de Asa Branca, integrava o bando, e por isso todos pensavam na hipótese do mesmo conduzir os bandoleiros à fazenda antes de invadir a cidade".

O  que causou  medo aos moradores da Barrinha (lugar onde nasci),  o senhor Francisco Duarte, proprietário do lugar, era um grande latifundiário, e dono  de enormes rebanhos de: ovinos caprinos e bovinos. Lógico que naqueles tempos, quem criava muitos animais, naturalmente tinha dinheiro guardado em casa. Com medo que o antigo trabalhador, o Asa Branca (eu o conheci muito nos anos setenta, no bairro Bom Jardim), informasse a Lampião a fortuna que possuía o Chico Duarte, como era chamado pelos meus avós, pais e toda comunidade,  os moradores, inclusive o fazendeiro, decidiram que a solução seria o refúgio nas matas. Mas o cangaceiro Asa Branca não repassou nada para Lampião sobre a fortuna do latifundiário,  talvez por ter sido bem tratado quando com ele trabalhava.

"Blog do Mendes e Mendes"

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