O cangaceiro Luiz Pedro e Nenem do Ouro
Luiz Pedro Cordeiro era o seu nome verdadeiro; Luiz Pedro da Canabrava ou ainda Luiz Pedro do Retiro. Era Pernambucano da gema, lá da cidade Triunfo, conterrânio do escritor e fundador da "SBEC", Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço,
Paulo Medeiros Gastão.
Foi um dos amigos de Lampião que o acompanhou até a morte, na madrugada de 28 de julho de 1938, lá na Grota de Angicos, no Estado de Sergipe. Era um dos maiores astros da Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia.
Assim como Mariano, preservou o seu verdadeiro nome no cangaço. Aos 14 anos decidiu fugir da companhia dos pais, e sem muita demora foi contratado por Lampião para participar do seu respeitado bando.
Essa sua decisão deixou seus familiares em choques. Dizia ele que era semelhante a urubu, e tinha o mesmo valor de um palito de fósforo riscado. Participou da invasão de Mossoró no dia 13 de junho de 1927, tendo a glória de chegar à Serra da Baixa Verde, em Triunfo, que de lá tomaram rumo às terras baianas, apenas oito cangaceiros, inclusive Lampião.
Aos vinte e três anos de vida, fez visita à cidade de Princesa, na Paraíba, e lá, juntamente com os seus companheiros, exterminaram a vida de sete pessoas, inclusive um menino de doze anos, de nome Pedro Valdivino.
Luiz Pedro participava do comando maior do cangaço. Apesar de ser calmo, mas era valente ao extremo. O rei tinha o maior respeito a Luiz Pedro, e foi o seu comandado mais fiel. Compadre do rei e da rainha do cangaço.
Apesar de ter assassinado por acidente o Antonio Ferreira da Silva, o irmão de Lampião, e muito prosar com
Maria Bonita,
tinha um respeito pessoal e consideração ao casal. A amizade de Luiz Pedro com o casal era mútua. Pelo seu comportamento calmo, ganhara dos companheiros carinhosamente, o apelido de príncipe do cangaço.
A sua companheira era a Neném do Ouro, lá da Bahia, mas ela faleceu ainda muito jovem em combate, no ano de 1936, lá no município de Mocambo, nas adjacências do Rio São Francisco. Com a sua morte, Luiz Pedro caiu em profunda tristeza, pois muito a amava.
Era um dos cangaceiros mais rico do bando, tão rico que quando o policial Mané Véio o assassinou lá na Grota de Angicos saqueou toda sua riqueza, levando consigo: jóias, prata, ouro, dinheiro etc. E com o saque do cangaceiro, Mané Véio tornou-se o policial mais rico de Santa Brígida, lá no Estado da Bahia, na terra de Maria Bonita).
Fonte:
Lampião Além da Versão – Mentiras e Mistérios de Angicos)
- Alcindo Alves da Costa
Amigo escritor Aderbal Nogueira:
ResponderExcluirJá estive hoje à noite no "Hotel Thermas", mas você já havia saído.
Amanhã eu ligarei para você, apanhei o seu número.
José Mendes Pereira
Caro Mendes, excelente postagem. Para quem pesquisa o fenomeno cangaço, se faz necessário saber ao menos um pouco mais acerca das individualidades de seus personagens.
ResponderExcluirParabéns!
Saudações cangaceiras
Juliana Ischiara