Por: João de Sousa Lima
Um dos relatos mais inrteressantes deixado pela
cangaceira Dadá foi de ter visto o Zeppelin cruzando próximo a
cachoeira de Paulo Afonso e lembrar que por várias vezes,
Corisco ficava apreciando, pelo lado alagoano e de longe,
as quedas da cachoeira.
Um capítulo escrito pela escritora Aglae Lima cita
Lampião, Maria Bonita e vários cangaceiros na Furna dos Morcegos, gruta que situa-se ao lado da famosa cachoeira, porém o depoimento é fantasioso, Lampião nunca foi lá. A Usina Angiquinho, fundada pelo empresário
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Delmiro Gouveia foi inaugurada em 1913 e Lampião só passou pra Bahia em 1929. Na Usina existe um complexo de casas que serviam para moradia dos técnicos e suas famílias e de lá se tinha a visão de quem adentrasse a furna, sem contar que na usina tinha também telégrafo e poderia denunciar a presença dos cangaceiros, sem contar que nenhum dos diversos coiteiros da região, os cangaceiros que sobreviveram ou ainda as pessoas que trabalharam na usina nunca falaram da Furna como sendo um dos esconderijos de cangaceiros.
Em 1962 foi realizado o filme "Os três Cabras de Lampião" e a grandiosa Cachoeira foi um dos lugares escolhidos para a filmagem, como podemos ver na foto acima. Um dos atores coadjuvantes foi Campelo, um técnico em laboratório da CHESF, inclusive a CHESF contribuiu com a logistica para a realização da película, cedendo até guindastes para ajudar na composição das cenas.
Estou procurando esse filme para presentear Campelo pois ele não chegou a assisti-lo e também não recebeu o cachê, sendo pouco provável que chegue a receber pela quantidade de anos passados. Consegui essa foto das fimagens na Cachoeira em uma recente pesquisa na cinemateca do Brasil e no acervo da petrobrás.
o cangaço fez história em toda região pauloafonsina, porém na cachoeira de Paulo Afonso, a única verdade é que o cangaço fez história como cena de filme, no cinema brasileiro.
Outro aspecto da cachoeira de Paulo Afonso.
João de Sousa Lima é Escritor, Pesquisador, autor de 09 livros. Membro da Academia de Letras de Paulo Afonso e da SBEC- Sociedade Brasileira de
estudos do Cangaço.
Telefones para contato:
75-8807-4138 9101-2501
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