Por: José Mendes Pereira
Manoel Cristiano da Silva nascera na região do agreste, no Estado do Rio Grande do Norte. Aos dez anos de idade, em companhia dos pais, veio morar em Mossoró, fazendo residência no sítio Barrinha, e lá, cresceu, pôs-se rapaz, casou-se; trabalhando sempre na Fazenda do velho Chico Duarte.
Manoel Cristiano da Silva nascera na região do agreste, no Estado do Rio Grande do Norte. Aos dez anos de idade, em companhia dos pais, veio morar em Mossoró, fazendo residência no sítio Barrinha, e lá, cresceu, pôs-se rapaz, casou-se; trabalhando sempre na Fazenda do velho Chico Duarte.
Com as suas economias, conseguiu ser proprietário de uma minúscula propriedade, onde criava meia dúzia de vacas, mais um rebanhinho de bodes. Manoel Cristiano era tido como homem de grande confiança. Nada desabonava o seu caráter de homem honesto, até o dia em que não foi pego com roubos nas mãos. Mas o nosso conterrâneo não era tão honesto como se pensava.
Logo que terminava as suas obrigações de chiqueiro e curral, se mandava para o campo, e com ele, duas latas vazias de querosene enfiadas num pau, conduzida sobre os ombros; um afiado facão, uma faca peixeira, machado, mas alimentos, afirmando ele que iria tirar capuchu.
Logo que terminava as suas obrigações de chiqueiro e curral, se mandava para o campo, e com ele, duas latas vazias de querosene enfiadas num pau, conduzida sobre os ombros; um afiado facão, uma faca peixeira, machado, mas alimentos, afirmando ele que iria tirar capuchu.
Mas o homem, honesto, como tinha fama, matava as cabras da vizinhança nos tabuleiros, enchia as latas de carne de cabra, e sobre elas, arrumava as capas de capuchu. Geralmente, ao retornar, passava pelas casas dos próprios proprietários das cabras que ele matava, e lá, mandava que todos comessem capuchu à vontade, pelos menos enquanto não chegasse à carne que estava embaixo das capas de mel.
Certo dia, Manoel Cristiano foi flagrado esfolando uma cabra nos tabuleiros. Denunciado à polícia, foi convocado pelo então tenente Clodoaldo, este, na época era o delegado de Mossoró.
Assim que o tenente Clodoaldo levou o assunto sobre o seu feito, que ele estava comendo os bodes da vizinhança, ele se defendeu perguntando-lhe o seguinte:
“Tenente Clodoaldo, o que me diz a autoridade? Tenho plena certeza que esta é uma grande calúnia contra mim. Digo ao senhor, que eu nunca comi um bode de quem quer que sejá. Agora cabras, eu comi muitas por esses tabuleiros da Barrinha.
Manoel Cristiano recebeu pelo seu feito três anos de cadeia. Cumprido o seu castigo, foi solto. E a partir daí, deu início ao furto de bodes, onde deixou vários proprietários em condições de fecharem os seus chiqueiros de caprinos. Dizia ele a todos que era vingança, já que nunca havia comido um bode de ninguém. Mas cabras havia comido muitas.
Minhas simples histórias
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