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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Conheça histórias íntimas de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião


Seu Reginaldo Silva, 59, trabalhou produzindo os shows do Mestre Lua durante 12 anos, entre 1977 e 1989, quando Luiz Gonzaga faleceu. Mora em Juazeiro do Norte e hoje dirige a Fundação Vovô Januário, criada para ajudar as crianças pobres de Exu.

O colega do Mestre Lua foi um dos palestrantes do debate Causos Contados por Amigos de Luiz Gonzaga, que aconteceu ontem, na cidade de Exu.

Reginaldo me conta que quando vai falar sobre Luiz Gonzaga nunca prepara uma fala. Apenas lembra dos episódios que viveu com o cantor e de todo aquilo que aprendeu sobre sua obra.

Pedi para que ele me contasse alguns causos sobre a figura humana de Luiz Gonzaga, o lado pouco conhecido do grande sanfoneiro.

Levamos quase uma hora conversando, entre muitos risadas e surpresas. Seguem abaixo alguns dos vários episódios contados por Reginaldo (os títulos, este blogueiro tomou a liberdade de inventar):

A garçonete:

Certa vez, a gente tinha ido a Brasília fazer um show. Você sabe que Seu Luiz comia demais, né? Mas também não escolhia comida. O que viesse, ele comia. Tanto que às vezes nos shows batia uma diarreia que ele tinha que ir no banheiro dali mesmo… Aí era dez e meia e eu liguei para ele para a gente almoçar. "E porque ainda não veio?”, ele me disse no telefone. Consegui um carro emprestado com um amigo da Rádio Nacional e levei ele para um restaurante em Taguatinga. Ele olhou para o lugar e disse, com aquela voz dele: “Aí, rapaz, parece que aqui não tem comida não”. Mas logo depois emendou. “Mas se não tiver comida a gente come aquela garçonete ali…”. Fomos bebendo uma cachacinha e só começamos a comer depois de meio dia. E eu comecei a ver que Seu Luiz tava pedindo coisa demais, só para a garçonete vir na mesa. Lourdes, era o nome dela. Até que era bonita, morenona, Seu Luiz tinha bom gosto. Aí eu tive que dizer: “ô, Seu Luiz, assim é o senhor que vai pagar a conta, fica pedindo um monte de coisa que a gente não vai comer…”. Só fomos terminar de almoçar umas 17h e, quando a gente tava levando ele de volta para o hotel, ele viu uma placa assim grande, e, como era cego de um olho, perguntou o que estava escrito.

- Casa do governador - respondemos.

- Eita, agora que lembrei que ontem ele foi me receber no aeroporto e tinha me convidado para almoçar lá… - ele disse.


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