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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Aurora: Misto de Tradição e História no Cariri Cangaço 2013.

Por: Redação
Casarão do Coronel Xavier em Aurora

O histórico casarão do Coronel Francisco Xavier de Sousa, dito como o fundador de Aurora;  comunidades remanescentes de quilombolas do sítio Grossos, as tradicionais Botijas dos sítios Alves e Grossos, as Minas do Coxá e a Guerra do Taveira, o Casarão do padre Cícero no sítio Maracajá, o mito da menina Cotinha que  obrava milagres na referida comunidade e ainda a história da mártir Francisca - a santa popular de Aurora; o rio Salgado, a prisão de Frei Caneca no sítio Juiz, a morte do filho de Bárbara de Alencar na serra da Várzea Grande no Cachimbo, além da  relação de amizade de Lampião com o coronel Isaías Arruda ante a trama na fazenda Ipueiras para a invasão de Mossoró em 1927. Sejam bem vindos a Aurora, no Cariri Cearense, anfitriã de luxo do Cariri Cangaço 2013!

Show de abertura do Cariri Cangaço 2011 em Aurora

Pesquisador José Cícero e o Cariri Cangaço nas terras da fazenda Ipueira de Isaías Arruda e Zé Cardoso.


Cel. Isaías Arruda

Conheça um pouco mais de um dos episódios mais marcantes da Aurora histórica: O Fogo do Taveira... Por Amarílio Gonçalves Tavares.


Em dezembro de 1908, observou-se movimentação de jagunços na faixa Taveira Coxá, em vista do trabalho de demarcação coordenado por Dr. Floro Bartolomeu. Por esse tempo, correram rumores de que os homens reunidos no Taveira preparavam-se para atacar Aurora. Em represália à ofensa causada a Joaquim dos Santos. Manuel Gonçalves chamou Róseo Torquato e lhe disse: Antes que eles venham almoçar aqui, vamos tomar o café lá. O número de capangas a serviço de Totonho Leite era insignificante. Sem um número de guarda-costas com os quais pudesse enfrentar um inimigo que se sabia ser extraordinariamente forte, Teixeira Netto pediu e conseguiu do presidente Nogueira Acioli a vinda dos destacamentos policias de Iguatu e Lavras, num total de 60 praças sob comando do tenente Florêncio. A pretensão do cel. Totonho era capturar os homens que haviam espancado seu correligionário Gonçalves Pescoço e que se achavam refugiados no Taveira, em casa do Cap. José dos Santos.

D. Marica Macedo – peça chave do episódio – foi avisada pela filha Joaninha de que a sua propriedade Tipi seria atacada. A fim de pedir apoio ao Cel. Antônio de Santana e a João Raimundo de Macedo (Joça do Brejão), seus parentes, D. Marica retirou-se com a família, a cavalo, para Missão Velha, indo pernoitar no Taveira, exatamente de 16 para 17 de dezembro de 1908.

Quando a força policial chegou no Taveira, na madrugada de 17 de dezembro, foi recebida a bala. Houve um tiroteio que durou das três horas da manhã até uma da tarde. Quando começou o tiroteio, todo mudo cuidou de correr para dentro de casa. José Antônio, de 14 anos, filho de d. Marica, lembrou-se do cavalo que estava amarrado num pé de juá, e correu para soltá-lo. Não deu tempo; e o rapaz, estando do lado de fora, foi mortalmente atingido por uma bala. Conquanto o número dos que estavam no Taveira fosse inferior ao dos atacantes, ali havia farta munição. A diligência que saíra de Aurora tinha setenta e dois homens, mas pouca munição, que logo se esgotou. Avisado do conflito, Zé Inácio partiu para o Taveira, conduzindo cerca de 50 cangaceiros. Lá chegando, às duas da tarde, já os atacantes haviam batido em retirada.

A morte do filho, naquelas circunstâncias, desencadeou a fúria de D. Marica Macedo, que, incontinente, foi se valer de Dr. Floro, que se encontrava nas imediações. Dr. Floro foi com D. Marica até a presença de Domingos Furtado, e este, sob as alegações de Floro, redigiu um telegrama, para o presidente Nogueira Acioli, pedindo a retirada da tropa estacionada em Aurora. No referido telegrama, que foi assinado por Domingos Furtado, José Inácio e Antônio Joaquim de Santana, os signatários exigiam, uma vez que o seu propósito era destruir a sede do município. Imediatamente, - na mais evidente demonstração de pusilanimidade, Nogueira Acioli – apelido de Babaquara, ordenou a saída do contingente policial.

Extraído do livro: Aurora – História e Folclore, de autoria do escritor aurorense Amarílio Gonçalves Tavares -Fonte - Site oficial do município de Aurora: www.aurora.ce.gov.br

Tudo isso e muito mais; 
Aurora por inteiro no Cariri Cangaço 2013.

Cariri Cangaço - Redação

http://cariricangaco.blogspot.com

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