Por: Frederico Pernambucano de Melo
Em 1906 - o capitão Gouveia prende Relâmpago e o apresenta no Recife para interrogatório. O bandido, além de deletar os coiteiros do ex-chefe e de revelar outras questões de interesse para os perseguidores, surpreende a imprensa ao declarar que Antonio Silvino andava invariavelmente perfumado e com um buquê de flores na lapela. Começaram a ser feitas importantes prisões de coiteiros.
Antonio Silvino intercepta, saqueia e queima as malas dos coiteiros em Cabaceiras. O administrador dos correios na Paraíba oficia ao Rio de Janeiro pedindo providências. Em Riacho de Santo Antonio, do mesmo Estado, apropria se de impostos coletados e espanca os soldados que os custodiavam, deixando-os nus.
Cultivando as boas amizades, Silvino, a 14 de Março, almoça com o coronel João Francisco de Melo Cavalcanti, no engenho Cipó Branco, em São Vicente Férrer, Pernambuco, jantando, no mesmo dia, com o capitão Pedro da Cunha Cavalcanti, no engenho Açude Novo.
Chegam presos ao Recife os cangaceiros Rio Preto e Balisa. Em Maio, descansa no engenho Cavalcanti, do amigo Manuel Cavalcanti de Albuquerque, filho do barão de Tracunhaém.
Ataca o engenho Lagoa Comprida, do coronel Afonso de Sá Albuquerque, na mata Norte de Pernambuco, por encomenda do coronel Antonio Barreto Coutinho da Silveira, senhor do engenho Firmeza e adjunto de procurador da República em Limoeiro. Silvino tem a cabeça posta a prêmio pelo governo de Pernambuco: 20 contos de reis.
Impede a construção do trecho da estrada de ferro entre Itabaiana e Campina Grande, mandando pedir 30 contos de reis aos ingleses da Great Western por passarem trilhos "em suas terras".
CONTINUA...
Fonte:
Diário
Oficial
Estado
de Pernambuco
Ano
IX
Julho
de 1995
Material
cedido pelo escritor, poeta e pesquisador do cangaço:
Kydelmir
Dantas
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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