Aderbal
Nogueira, Wescley Rodrigues e Juliana Ischiara
O segundo
momento da Avant-Premiére Cariri Cangaço Parayba, em Sousa foi protagonizado
pelos pesquisadores; historiadora Juliana Ischiara e o documentarista e
pesquisador Aderbal Nogueira. A partir da produção da Laser Vídeo, do
documentário "A Violência Institucionalizada na época do Cangaço", um
acalorado debate procurou esclarecer os principais pontos sobre a controversa
atuação dos forças volantes em combate aos grupos cangaceiros.
Com depoimento
de vários remanescentes da época, como; Neco da Pautilha, Luiz de Cazuza, João
Gomes de Lira, Josias Valão dentre outros, o trabalho de Aderbal Nogueira traz
uma visão nua e crua sobre a violência "patrocinada" pelo estado
através dos muitos grupos que perseguiam em nome da lei, os bandos cangaceiros.
"O povo do sertão muitas vezes temia muito mais as volantes do que mesmo
os cangaceiros" asseguram alguns dos personagens principais do
documentário.
Aderbal
Nogueira e Juliana Ischiara, conferencista da tarde do Cariri Cangaço Parayba
Ao final da
apresentação do vídeo a plateia foi convidada a participar de debate que por
mais de duas horas acentuou a polêmica sobre a ação desse grupo de sertanejos
que se dedicavam a ficar do outro lado da moeda, como volantes tinham a missão
de combater o cangaceirismo, mesmo que para isso e não com pouca frequência,
utilizavam métodos tão violentos ou até mesmo mais cruéis do que os próprios
cangaceiros.
Para Aderbal
Nogueira "a produção do vídeo veio exatamente para instigar a
polêmica" , já Juliana Ischiara acentuou a contextualização da época e a
crueza a que aqueles homens e mulheres estavam submetidos, muitas vezes não
sabendo distinguir realmente de que lado estavam. No fundo todos chegando à
conclusão que o sofrimento era generalizado em todo o sertão.
Cariri Cangaço
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