Por: Geraldo Maia do Nascimento
Nasceu
em Cajazeiras/PB a 21 de abril de 1860. Instalou-se em Mossoró, onde exerceu
atividades comerciais no ramo ferragens, miudezas e molhados. Possuía também
propriedades onde exercia atividades agrícolas.
Foi
Vice-Presidente da Câmara Municipal de Mossoró no triênio 1887-1890. Ocupou a
Presidência no triênio 1896-1898.
No
seu primeiro ano a frente da municipalidade, iniciou a iluminação pública de
Mossoró, instalando lampiões a gás pelas ruas da cidade. No orçamento daquele
ano fez constar uma verba de 600$ para a iluminação pública. Na sessão da
Câmara de 14 de fevereiro de 1896 criou-se o cargo Zelador da Iluminação e
autorizou-se a compra dos lampiões, fatura dos postes de madeira, etc. “A 7 de
março foram instalados sessenta e três lampiões e a Câmara tem a elegância de
mandar pagar os abajus para os mesmos”, como nos informa o historiador Câmara
Cascudo em seu “Notas e Documentos para a História de Mossoró”.
Raimundo
Soares de Brito, no seu “Legislativo e Executivo de Mossoró – uma viagem mais
que centenária”, comenta que “com essa medida a vida noturna ganhou novas
dimensões, e a cidade se apresentava mais alegre e o seu povo mais feliz”.
Raibrito informa ainda que um conceito de economia foi preservado pela
municipalidade, já que nas noites enluaradas os lampiões não eram acesos, pois
as ruas já estavam iluminadas pela luz natural da lua...
A
3 de dezembro de 1896, “em casa do professor Manuel Antônio de Albuquerque,
ficou deliberada a construção da capela do então bairro dos Macacos, bem como a
mudança deste nome para o de Alto da Conceição. A sete de novembro do ano
seguinte, em ato solene procedido pelo Pe. João Urbano, foi dada a bênção da
pedra fundamental do novo templo”. Nascia, assim, um novo bairro na cidade.
1898,
o último ano do seu período administrativo, foi marcado por uma grande seca que
assolou todo Sertão nordestino. E Mossoró, por sua posição geográfica, entre duas
capitais e ao mesmo tempo entre o mar e o Sertão, sempre que acontecia uma
grande seca, era invadida por retirantes, não só do Rio Grande do Norte, como
da Paraíba e do Ceará. Mesmo sem a vinda de gente de outros municípios, já era
grande o número de desabrigados do próprio município de Mossoró. A 20 de agoste
desse ano o Presidente da Intendência, em telegrama dirigido ao Ministro da
Justiça e Interior, solicitava auxílio e pintava o quadro desalentador:
...”cerca de seis mil de nossos patrícios, que em tanto é calculado o número
dos habitantes pobres deste município, os quais sofrem... (...) grupos
andrajosos e de uma magreza extrema já percorrem as ruas desta cidade,
implorando da caridade pública e migalha de uma esmola.”
Foi
marcado também por uma forte agitação política em toda a Província do Rio
Grande do Norte, com reflexos acentuados em Mossoró, onde o Coronél Gurgel,
então Deputado Geral, rompido com Pedro Velho, contava com as simpatias da
Câmara Municipal de Mossoró. Acentuadas as divergências entre os dois grupos, o
Presidente Sílvio Policiano de Miranda requereu licença, assumindo o cargo em
caráter interino o intendente (vereador) Francisco Isódio de Souza, que
permaneceu pelo resto do período.
Apesar
do modo como terminou o seu período como Presidente da Intendência, podemos
avaliar como proveitoso. Foi nesse período que a cidade ganhou sua primeira
iluminação e que um novo bairro surgiu, o bairro da Conceição.
Sílvio
Policiano fazia parte do quadro da Loja Maçônica “24 de Junho” e foi um dos
líderes da campanha abolicionista de 1883.
Faleceu
a 26 de fevereiro de 1901.
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Fonte:
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Autor:
Geraldo Maia do Nascimento
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