Por: Francisco de Paula Melo Aguiar
Existem duas
coisas que são importantes na vida: Sensibilidade e ilusão.
Por isso, é preciso acreditar no amanhã.
Teotônio
Vilela
A sensibilidade, palavra de origem latina “sensibilitas”, tem o mesmo sentido
na nossa língua materna de origem portuguesa, falada em versos e em prosas,
neste vasto território nacional que chamamos de Brasil, com todos os seus
arranjos e arremedos ortográficos clássicos e arcaicos dentro do relativismo
cultural de nossa gente formada, inicialmente pelas raças: negra, branca e
indígena. Somos na realidade um país de visão cosmopolita em todos os sentidos:
religiosos, políticos, raciais, sociais, profissionais, etc. Tanto é assim, que
em sentido geral, podemos definir que o termo sensibilidade significa
simplesmente como sendo a capacidade de sentir o que é sensível pelo ser humano
envolvendo os cinco órgãos dos sentidos. Daí vem a sua amplitude de
compreensão e sensibilização em si falando sobre as pessoas, suas atitudes e
ações em todos os sentidos. De modo que podemos aplicar o termo sensibilidade a
pessoas e aos instrumentos de medir, por exemplo, para indicar o grau de sua
precisão propriamente dito. Quando aplicamos e ou usamos o termo
sensibilidade em outras ciências, como por exemplo, em Psicologia, nos
referimos à capacidade de conhecer dos sentidos, bem como, a capacidade de
experimentar as sensações agradáveis e desagradáveis, segundo a avaliação de
cada individuo dentro do contexto social, profissional, ético, moral, político,
administrativo, religioso, etc. De modo que por extensão, pode designar também,
emotividade exagerada, irritabilidade do sistema nervoso, suscetibilidade. É
considerada a sensibilidade normal quando a mesma permite ao individuo, enquanto
sujeito, sentir o mundo ao redor de si e dele participar de modo real e efetivo
nos problemas da humanidade como um todo, bem como nas angústias e afeições de
todos aqueles que o cercam.
Em síntese, podemos enfocar que a insensibilidade é o embotamento de um coração
marcado a duras penas pelo egoísmo, de modo que a grande responsabilidade e
tarefa dos pais e educadores neste inicio da segunda década do século XXI, no
que se refere principalmente aos jovens que assumem em suas próprias mãos,
levando-se em consideração principalmente o nível de instrução e formação
recebida no lar e na escola, enquanto academia, visando a construção da própria
personalidade e desconstruindo o egoísmo, descobrindo outros caminhos que
tenham ideais altruístas que polarizam para a juventude o próprio valor de ser
e de sua existência enquanto vida, ex-vi o pensamento sadio de Clarice
Lispector, ao afirmar: “Sabe o que eu quero de verdade? Jamais perder a
sensibilidade, mesmo que às vezes ela arranhe um pouco”., por analogia a
juventude deve enveredar por esse caminho à luz dos ensinamentos de seus lares
e de seus professores com missão de educadores.
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