Jorge Remigio,
Jair Tavares e Narciso Dias no local onde foi sepultado Antônio Ferreira
No dia 18 de
setembro de 2014, viajei de João Pessoa-PB, com os amigos e companheiros do
nosso grupo, Narciso Dias e Jair Tavares, tendo como destino a cidade de
Floresta-PE. Um dos objetivos principais dessa incursão aos sertões do
Moxotó e do Pajeú pernambucano, era justamente visitar a emblemática Fazenda
Poço do Ferro do lendário Coronel Ângelo da Gia. Por corruptela Anjo da Gia.
Localizada a uns 12 km após Ibimirim-PE na PE 360 que dá acesso à cidade de
Floresta-PE.
Ao chegarmos
na porteira da fazenda, àquela sensação palpitante de está pisando no solo de
um dos locais onde se deu um dos episódios mais relevantes e controversos na
história do cangaço. A morte por acidente com arma de fogo do irmão primogênito
e braço direito do já Rei do Cangaço, aquele que exercia com maestria a tática
letal da retaguarda, o Antônio Ferreira.
Neste local
aconteceu o "sucesso" com Antônio Ferreira
Foi um
"sucesso", na linguagem cultural do sertanejo. Fato protagonizado
pelo cangaceiro Luiz Pedro do Retiro. Os primeiros contatos com os moradores da
fazenda foram frutíferos. Povo simples, humilde e bastante solícito A casa
grande que pertenceu ao coronel Anjo da Gia já não existe mais. Em conversa com
moradores, fomos
informados que a casa onde ocorreu o episódio que vitimou Antônio Ferreira,
ficava a uns 300 metros no sentido sul.
Ao chegarmos
ao local indicado, o Sr. João muito cordato, afirmou que residia há muitos anos
naquele local e prontificou-se a nos levar até a cova onde o irmão de Lampião,
o Antônio Ferreira estava enterrado. Seguimos em fila indiana o Sr. João, seus
filhos e o cachorro, encantados com a presença de pessoas estranhas ao seu cotidiano.
Seguimos a comitiva em caminhar acelerado numa caatinga rala e solo bastante
pedregoso, por uns trezentos metros até chegarmos ao local tão esperado.
Sede da
fazenda Pau Ferro de Angelo da Gia, e o local da cruz de Antônio Ferreira
Foi muito
gratificante para nós que estudamos e temos o prazer em desvendar e garimpar os
locais que são marcos na história do cangaço. Estávamos ali, diante da cova de
um dos cangaceiros de maior destaque na fase primeira do cangaço Lampiônico.
Fiquei pensando: "são raras as visitas a essa cova" Tudo era inédito
para nós naquela hora escaldante do meio dia. Ficaram muitas lembranças e boas
fotografias da ribeira do Moxotó.
Jorge Remígio,
Pesquisador -
GPEC
João Pessoa,
Paraiba
http://cariricangaco.blogspot.com.br/2014/11/o-lendario-poco-do-ferro-porjorge.html
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