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terça-feira, 21 de julho de 2015

LAMPIÃO ACAMPA NA GROTA DOS ANGICOS (II)

Por Clerisvaldo B. Chagas, 21 de julho de 2015 - Crônica Nº 1.454

21.07.1938. (Quinta-feira).

O bando de Lampião chega à grota da fazenda Angicos, ao amanhecer. Armam acampamento assim: Em baixo, 03 subgrupos no leito seco do riacho Angico ou Ouro Fino. 01 subgrupo no alto do morro das Umburanas à direita do riacho.

Para adquiri-lo - E-mail: clerisvaldobchagas@hotmail.com

A distribuição fica assim:

Subgrupo de Lampião: Lampião, Maria Bonita, Luiz Pedro, Vila Nova (afilhado de Luiz Pedro) Quinta-feira, Amoroso, Moeda, Cajarana, Caixa de Fósforos, Elétrico, Paturi, Diferente e Vinte Cinco.

Este grupo ficou perto de uma pequena furna. O mais abaixo do riacho. Lampião estava em barraca de lona branca; os cabras um pouco mais afastados.

Subgrupo de Balão. Vinte braças mais acima: Balão, Mergulhão, Criança e Dulce. Cajazeira e Enedina, Candeeiro, Mangueira II e depois José (sobrinho de Lampião que veio ingressar no cangaço e só chegou no dia 25) e que depois foi para o grupo de cima).

Subgrupo de José Sereno. Vinte braças mais acima: José Sereno e Cila, Marinheiro, Gavião, Cobra Verde, Sabiá, Nevoeiro, Pernambuco, Novo Tempo, Juriti e Peitica.

Subgrupo de Relâmpago. No alto do morro das Imburanas: Relâmpago, Cruzeiro, Zé de Vera, Marinheiro, Chá Preto II (vigia dos cavalos) Tempo Duro, Canário II (depois José que subiu).

Temos aí um total de 41 cangaceiros. Lampião comenta que quer sair no dia 27, fim da semana da morte do padre Cícero Romão Batista. Manda chamar Zé Sereno, por Eráclito, coiteiro fiel de uma das fazendas de Antônio Caixeiro.

Observação: Paturi depois vai testemunhar tudo que viu com o ataque das volantes. Dizem que não existiu cangaceiro com esse nome, entretanto, para se dá o depoimento que ele deu, teria mesmo que usar um nome diferente.

Quanto a Chá Preto, Mangueira e Juriti, houve mais de um no bando que iam herdando o nome dos que morreram.

Continua amanhã.

·         * Narrativa baseada no livro: CHAGAS, Clerisvaldo B. & FAUSTO, Marcello. Lampião em Alagoas. Maceió, Grafmarques, 2012.



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