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quarta-feira, 23 de setembro de 2020

MEMÓRIAS QUASE LÍRICAS DE UM EX-VENDEDOR DE CAVACO CHINÊS

Por Edvaldo Morais.

O título acima é de um livro, que acabo de ler, do memorialista cearamirinense, INÁCIO MAGALHÃES DE SENA, de 80 anos de idade. Me veio à lembrança as tardes quentes na Avenida Alberto Maranhão, Alto da Conceição, lá pelos idos de 70, quando ouvíamos o som do triângulo anunciando a passagem do vendedor de cavaco chinês. Para quem não sabe do que se trata, o “cavaco chinês” é uma espécie de “ biscoito doce, crocante e quebradiço feito com uma massa seca de polvilho ou de farinha de trigo, com açúcar, untado em óleo ou margarina e preparado em formato tubular (como um canudo) com auxílio de uma prensa, o Cavaco Chinês tem sabor agradável e se dissolve com facilidade na boca. Transportado dentro de uma espécie de baú cilíndrico, feito de flandre ou alumínio, que o vendedor traz preso às costas atado por uma arreata de couro, o Cavaco, muito embora tenha o nome de chinês, na verdade é originário da Índia. É praxe de seus vendedores percorrer vários quilômetros no desempenho do seu ofício, tocando em um triangulo como marca registrada. Dona ZENÁ, na Travessa Haroldo Gurgel/Alto da Conceição manteve por muitos anos uma fabricação caseira dessa iguaria. Os vendedores driblavam o vento Nordeste , levando a iguaria pelos quatro cantos da terra de Santa Luzia. Velhos tempos, belos dias.

(Fonte de pesquisa: O Bom de Mossoró - Imagens ilustrativas, da Internet).

https://www.facebook.com/photo?fbid=10207964693911187&set=gm.3195846090498799

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