Por Luís Bento
Virgínio Fortunato da Silva o Cangaceiro Moderno, ficou conhecido nem era tanto por seus combates e sim, mais pela prática inaceitável de " Castração ". Dor não tão maior do que moralmente, para a vítima que tinha extirpada sua bolsa escrotal, ficando inutilizada para a procriação e que carregava a vergonha de ser ferida por ato tão desumano.
Do depoimento colhido de Durvalina, ela lembra-se apenas de ter visto uma "Castração" sem recordar o local nem data. O fato aconteceu na chegada em uma fazenda, quando Virgínio interpelou um rapaz sobre qual caminho seguir. O jovem deu o silêncio por resposta. O Cangaceiro aproximou-se, segurando o pelo colarinho da camisa, forçando ele a se ajoelhar. Outros Cangaceiros juntaram-se ao chefe e extraíram o saco escrotal da vítima. Diante da situação, uma mulher gritou: - Valei-me, minha Nossa Senhora. Virgínio segurou a mulher, forçando ela abrir a boca e puxando a língua para fora. O órgão do paladar foi cortado, deixando a senhora com a boca postosa por grande quantidade de sangue coalhado. Um grande castigo por ter apenas invocado, em um momento de desespero, a proteção da Mãe Ce leste.
Virgínio tornou-se um dos homens da total confiança de Lampião. Mesmo ele atuando como chefe de sub-grupo não se separava por muito tempo do ex-cunhado Lampião o Rei do Cangaço.
Lampião encarregava Virgínio de transportar as encomendas monetárias, solicitadas aos abastados fazendeiros e Coronéis.
Fonte: João de Sousa Lima ( sangue, amor e fuga no Cangaço ) Pág - 89 - 90 - 91.
LUÍS BENTO
JATI 09/02/2022/
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