Por José Cícero Silva
Dizem a boca pequena por aí que os poetas que partiram, antes de nós, para o andar de cima resolveram um dia desses, reivindicar algo de novo a Deus:
Pediram por escrito, em versos antigos e modernos em forma de moção holística. Alguns em sextilhas, decassilabos, versos livres e haicais. Que desde então, na vida, sofrer fosse apenas uma condição opcional.
Que pecado de verdade fosse somente não se permitir ser feliz integralmente.
Ainda, que amar sem limite fosse de fato, uma necessidade essencial.
Como também que a morte, de agora em diante, fosse algo raríssimo, meramente casual.
Que a maldade humana enfim, desaparecesse para sempre.
E que ninguém nunca mais partisse.
Como igualmente, se extinguisse
a dor de qualquer saudade.
E que a felicidade fosse uma profissão de fé e o otimismo um sentimento universal.
Ainda, que doravante, todos os homens na face da terra, de verdade se tornassem livres, humanistas e conscientes.
Que a solidão fosse uma escolha própria da gente. E que a poesia aproximassem os idiomas, além dos corações e a prece, a humanidade da divindade celeste.
Que desaparecessem por fim, do meio de nós, a ganância, o orgulho, a sede e a fome.
Que o homem, nunca mais fosse o lobo do próprio homem. E que a igualdade e a justiça alimentassem a política da Concórdia e da paz. Que desaparecessem de vez as fronteiras ecumênicas e territoriais.
E que os momentos alegres e felizes se perpetuassem indefinidamente, como para todo o sempre. E que qualquer tipo de guerra sobre a Terra não existisse nunca mais.
Jc
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