Org. por Aderbal Nogueira
Minha opinião sobre a vida no cangaço: " Uma vida miserável " em todos os sentidos. Sofrimento físico, privações básicas, violência extrema, fome, sede, etc. Para as mulheres, então? Dessa vez não sou eu quem digo, são alguns dos próprios sobreviventes. Não endeuso cangaço, eu estudo o fenômeno do cangaço. Escutem com atenção os depoimentos e vejam a diferença entre o que eles dizem da situação no cangaço e muito do que já foi escrito.Ao reler o livro "Sila, uma cangaceira no Divã" de Daniel Lins encontrei uma citação da biografada que retrata exatamente o que chamo de "A ilusão do cangaço".
"Sim, eu tinha medo dos cangaceiros, porém, como todas as mocinhas da minha época, eu sonhava em conhecer aqueles homens valentes. Estava dividida: atração e repúdio. Qual a jovem que não sonha com uma aventura? Apesar da crueldade atribuída aos cangaceiros, na minha imaginação pareciam sair diretamente de um conto no qual o terrível e o belo coabitavam: era o real brigando com o irreal. Valentes, ricos, marginais para uns, heróis para outros, desafiadores da ordem, os cangaceiros eram fonte de sonho e pesadelos, curiosidade e desprezo, amor e ódio."
Coletânea (fragmentos) de depoimentos de ex-cangaceiros(as) colhidos dos seguintes documentários:
- A mulher no cangaço – [Hermano Penna], Globo Repórter, 1976
- A musa do cangaço – [José Umberto], 1981
- O último dia de Lampião- [Maurice Capovilla], Globo Repórter, 1975.
- Sila – Com participação especial de Adília companheira de Canário. [Aderbal Nogueira], Laser Vídeo SBEC 1999.
- Candeeiro (depoimento do ex-cangaceiro Manuel Dantas Loiola) - [Aderbal Nogueira], Laser Vídeo/SBEC 1997.
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